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Director: Rogério Sitoe. Maputo, Sábado, 28 de Agosto de 2010
Retirada das tropas americanas no Iraque
SR. DIRECTOR!
O próximo dia 31 de Agosto vai ficar registado na história mundial. É a data oficial da retirada dos americanos do solo iraquiano, após uma invasão duradoira.
Maputo, Sábado, 28 de Agosto de 2010:: Notícias
Pela invasão injusta e desnecessária; pela desgraça e humilhação; pelas mortes de inocentes iraquianos e, também, pela incerteza do futuro daquele país. De ora em diante, merece que essas pessoas inocentes que morreram no Iraque lhes seja estipulado uma data em sua homenagem, igual a muitas outras no nosso calendário gregoriano para a posterior recordação.
Eu proponho que o 31 de Agosto seja simbolizado, como “O Dia da Vergonha para a Humanidade”.
Sete anos e picos após a insurreição armada contra o Iraque, eis que, uma vez mais, os americanos abandonam uma guerra derrotados. Não encontraram o que procuravam e o pior de tudo é que só deixam rastos de destruição, humilhação e mortificina. O número de mortos, estatisticamente falando, apenas se conhecem os dos americanos e dos seus aliados, porque os números dos iraquianos inocentes perecidos nesta guerra manter-se-ão sempre no segredo dos deuses. Se havia objectivos, todos eles falharam. É mais um revés para o historial dos EUA.
Diversas personalidades do mundo tentaram persuadir os EUA a não levar avante o seu plano de ataque ao Iraque, incluindo os próprios inspectores seniores do WWD (Armamento de Destruição Maciça), que testemunhavam não haver evidências suficientes e a demovê-los dessa sagaz e mortífera acção. Todo esse esforço foi em vão, pois Bush e Blair teimosamente mantiveram os seus planos e atacaram o Iraque por motivos que só eles sabiam!
Volvidos todos estes ano, até a data, nada foi encontrado que justificasse esta humilhante invasão. O Saddam foi treinado e armado até aos dentes pelos próprios americanos, enquanto lhes foi útil. Mais tarde, quando a ganância lhe subiu à cabeça e este tentou desviar-se dos propósitos para que fora criado pelos seus “progenitores”, a cama começou a ser-lhe preparada.
Se pensaram que essa guerra era como quem limpa o rabo às crianças, isto é, ir, ver e vencer, como nos filmes do Rambo, o tiro saiu-lhes pela culatra.
Se pensaram também que retirando o Saddam do poder iriam resolver os problemas do Iraque, foi mais um erro de estratégia que não resultou. De facto, desde que isso aconteceu nunca mais houve paz naquele território. De nada valeu a justiça ter sido célere neste caso e se ter apressado no seu enforcamento, porque o que Saddam fez sozinho, da maneira como o fez para controlar o seu país com a mão de ferro, nem um terço as forças aliadas o conseguiram, apesar do grande poderio militar e da sua tecnologia de ponta. Hoje ninguém impõe ordem no Iraque. Essa é que é a realidade.
A resistência contra a ocupação continua, coisa que ninguém estaria a prever. Os poços de petróleo continuam a arder e muitos ainda são inacessíveis. Desde então, que o preço do barril não parou de subir, quando substancialmente o objectivo era o inverso.
A morte essa está à espreita em cada esquina. O seu cheiro é uma fragrância que se espalhou em todo o país e levará o seu tempo para se extinguir da atmosfera iraquiana. Transformaram um paraíso num autêntico inferno.
Será que os seus autores um dia serão julgados pelo Tribunal de Haia? É bem possível que pelo seu poderio possam esquivar-se das mãos da justiça humana. E da justiça divina irão eles escapar?
O Profeta Muhammad (SAW) costumava dizer: “Quando observares uma injustiça, luta contra ela. Se não puderes lutar, condena-a veementemente. Se não puderes fazê-lo abertamente, fá-la silenciosamente no teu íntimo. O efeito será o mesmo”!
Eu fiz a minha parte.
• FAHED SACOOR
Somali piracy 2.0 - the BBC meets the new robbers of the high seas
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Two fishermen tell the BBC why they have decided to become pirates in
search of big ransoms.
13 hours ago
1 comment:
Fiz, o Sacoor fez a sua parte, mas não basta.
Quando se trata de líderes africanos (Mugabe, Bachir, etc) os "indomáveis" condenam e pede a sua captura para Haia. Aqui temos um caso de genocídio, nenhum "indomável" pediu a cabeça de Bush, Aznar, Baroso, Blair, etc.
Um dia, cedo ou tarde, os mesmos receberão o Nobel da Paz.
Zicomo
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