Monday, 30 August 2010

Cuba: Huber Matos, antigo comandante da guerrilha cubana

Deportações de presos políticos servem para reforçar resistência contra ditadura

Pretoria (Canalmoz) - O antigo comandante da guerrilha cubana, Huber Matos, considera que as recentes deportações de presos políticos, organizadas pelo regime de Havana em colaboração com a Igreja Católica e as autoridades espanholas, “são como que um combustível interno de alimentação do activismo” em curso no país. Em declarações recentes à imprensa internacional, Matos referiu que um desterrado pensa, necessariamente, que “não tem Pátria e sente que tem de fazer o máximo para mudar a situação”.
Para Huber Matos, a libertação dos presos políticos significa que “estamos numa etapa interessante, numa nova dinâmica” em que o governo se vê forçado a agir perante as circunstâncias”. Acrescentou Matos: “Há uma série de factos que forçaram o regime cubano a esta mudança: A morte do preso político Orlando Zapata Tamayo por greve de fome; as marchas de protesto das Damas de Branco, especialmente a de Reina Luisa, mãe de Orlando, pela morte do seu filho; e também a greve do dissidente Guillermo Fariñas”.
De 91 anos de idade, Huber Matos foi um dos primeiros prisioneiros políticos do regime de Fidel Castro, tendo cumprido mais de 20 anos em cadeias cubanas. Esteve 7 anos sem receber visitas de familiares e amigos.
Pouco depois do triunfo da revolução cubana, Huber Matos apresentou a carta de demissão ao Exército Rebelde, manifestando desacordo face à orientação totalitária que Fidel Castro imprimira à revolução cubana. O regime considerou-o de traidor, organizando depois um pseudo julgamento para justificar as duas décadas que teve de passar em vários redutos, incluindo o famigerado «Combinado del Este», nos arredores de Havana. Após ter cumprido a pena de prisão, Huber Matos passou a viver no exílio tendo aí publicado um livro de memórias intitulado, «Como chegou a noite».

(Redacção) / http://comandantehubermatos.blogspot.com )



2010-08-30 06:31:00

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