Friday 18 June 2010

Primeiro-ministro de Moçambique na China para negociar financiamento de 2 mil milhões de dólares para infra-estruturas


O primeiro-ministro de Moçambique, Aires Ali, iniciou quinta-feira uma visita à China para negociar um financiamento de 2 mil milhões de dólares para 26 "projectos prioritários", de acordo com o jornal moçambicano O País.

Na China, Aires Ali vai tentar garantir o financiamento para a construção da barragem Moamba-Major, no sul de Moçambique, no montante de 600 milhões de dólares, a segunda fase de expansão do Aeroporto Internacional de Maputo, de 104,7 milhões de dólares, a conclusão do Estádio Nacional e infra-estruturas adjacentes, avaliada em 50,2 milhões de dólares, e a construção do centro de sessões do Conselho de Ministros, orçado em cerca de 17 milhões de dólares, escreve ainda o jornal.

O governo moçambicano quer também interessar a Sinohydro (empresa pública chinesa vocacionada para grandes obras públicas, como estradas, pontes e barragens) para financiar e, eventualmente, construir Moamba-Major.

A Sinohydro está actualmente envolvida na elaboração do projecto da nova fábrica de cimento a ser erguida em Magude e, por isso, o executivo moçambicano quer que esta empresa chinesa assegure a mobilização de financiamentos para este projecto, bem como a sua execução.

Nos últimos anos, a China tem-se assumido como um parceiro económico de peso para Moçambique, importando matérias-primas, essencialmente madeira, e financiando o sector de infra-estruturas.

Empresas de construção civil chinesas têm estado envolvidas em obras de vulto, como a construção da maior sala de conferências do país - o Centro de Conferências Joaquim Chissano - do edifício-sede da Assembleia da República, do Bairro Militar, para oficiais do exército, do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Estádio Nacional, já em fase de acabamentos.

Na visita à China, acompanham Aires Ali os ministros das Finanças, Manuel Chang, Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula e Recursos Minerais, Esperança Bias.

fonte: Macauhub

1 comment:

Torres said...

Todas as infraestruturas negociadas sao para serem implantadas no Sul.
As restantes regioes de Mocambique nunca sao contempladas.
Ate quando? Quando e que Niassa, Tete ou Chimoio vao receber infra-estruturas?
Essas regioes servirao somente pagar a divida ora aberta, cujos beneficios nao usufruem?
Porque e que uma ponta do pais deve merecer tudo?