Sunday 18 April 2010

População quer “Sete Milhões” práticos

“Queremos este dinheiro aqui para desenvolver o distrito, mas parece que só se fala e nós não estamos a ver”- disse uma cidadã em pleno comício de Armando Guebuza
Quelimane (DZ)- A presidência aberta já começou depois da maratona eleitoral.
Armando Guebuza, mais uma vez, voltou a voar ou sobrevoar o país real, quer dizer, está vendo a pátria amada de cima para baixo. Muito tempo no ar, pouco tempo na terra. Um verdadeiro astronauta. Depois de Tete, Guebuza, está já na província nortenha do Niassa, onde foi recebido logo a sua chegada pelo respectivo governador da província, David Malizane, como se vê na imagem.
Num comício que realizou na localidade de Entre-Lagos, Guebuza, foi recebido com
pedidos da populacao daquela localidade, sendo a alocação prática do Fundo de Iniciativas Locais (FIL), ou seja, os vulgos “Sete Milhões”, seja feita para desenvolver o distrito e não para outros interesses.
Foi sobre os sete milhões de Meticais, que uma mulher pediu a palavra e apelou ao
PR para que a alocação deste dinheiro seja célere e sobretudo seja, para pessoas
que realmente querem trabalhar para desenvolver o distrito. De acordo com a mesma mulher que interviu no comício orientado pelo PR, este valor não é visto na prática
o que faz no distrito, dai que ainda não há nada que se considere desenvolvimento.
Mais adiante, a mesma mulher disse que “Senhor presidente, os sete milhões de Meticais devem ser bem distribuídos para pessoas que querem trabalhar”-sublinhou para depois acrescentar que “Aqui em Entre-Lagos, não se vê que entrou muito dinheiro, devia haver desenvolvimento, mas nada,” disse uma popular perante enormes aplausos.

A população de Entre-Lagos, distrito de Mecanhelas, quer que na linha-férrea Cuamba-Entre-Lagos circule também o comboio de passageiros para facilitar o desenvolvimento económico da região. Este pedido foi feito no último sábado, no primeiro dia da
presidência aberta ao Niassa de Armando Guebuza.
A Localidade de Entre-Lagos faz fronteira com o Malawi e tem o privilegio de nela passar a linha férrea do Corredor de Nacala em direcção ao vizinho Malawi.
Num outro desenvolvimento a população local pediu mais fontes de água potável porque não existem em número considerável para os 27 mil habitantes.
A visita de Guebuza à província do Niassa termina no próximo dia 22, portanto na
próxima quarta-feira.
*Colaboração de Suizane Rafael e Redacção do DZ

4 comments:

Fijamo said...

Distinto MA,

Agradecia a publicacao no seu/nosso blog desta singela homenagem aos ardinas (...)

O Ardina,

O ardina é um vendedor de jornais de rua que apregoando a notícia chama a atenção do potencial cliente. Figura muito retratada por artistas e muito popular pela sua exposição pública, a sua origem perde-se nos tempos e remete-nos à "notícia" que corria de boca em boca. O ardina difere do actual distribuidor de jornais gratuitos.

Preteridos pelo aparecimento de quiosques e outros meios de distribuição, já raramente se encontram ardinas pelas ruas de Quelimane, contrariamente as cidades de Maputo e Beira onde a tradição prevalece.

Aquele rapazinho que todas as manhãs, ao fim da tarde, anda a vender jornais por entre carros que estão quase a parar, que estão quase a arrancar, na faixa central da Avenida, não repara que a morte lhe passa tangentes Constantes. É decerto um rapazinho que ainda não conhece nada da morte, nem mesmo quer saber se ela existe.

Estes que apregoam a manchete do dia, e a informação fonte do seu sustento.

E lá vai o ardina, levando muitas vezes jornais cujo conteúdo não teve tempo de ver, isso, se é que o entenderia.

Em média os ardinas são jovens dos 15 aos 25 anos de idade (alguns chefes de família)! Ostentam um ofício dignificante embora pouco ou nada gratificante.

Entre estradas e cruzamentos, os jornais da manhã ajudam o tempo a passar, informando todos aqueles das novidades que circulam pelas principais vias entre outras.

A pouco e pouco a disposição matutina assenta nas mentes de quem se complementa com os sentimentos que flutuam no universo comum da circulação.

Em algumas esquinas mais frequentadas, os ardinas habituais espalham as notícias principais enquanto distribuem jornais aos transeuntes que hipnoticamente circulam em direcção ao seu universo laboral.

Assim é a vida matutina, e a de quem distribui a informação ser apenas isso... Distribuir sem usufruir!

Fraterno abraço à classe (...)

Fijamo

Lucia - Nacala said...

Se a um vendedor de jornais pelas ruas se chama ardina, que nome se
poderá atribuir a um distribuidor de jornais à porta do TPU?

Lucia - Nacala

Lucia - Nacala said...

Se a um vendedor de jornais pelas ruas se chama ardina, que nome se
poderá atribuir a um distribuidor de jornais à porta do TPU?

Lucia - Nacala

MANUEL DE ARAÚJO said...

Prezada Luacia,

QUe eu saiba um ardina e quem vende jornais, seja na rua ou nos TPUs, ou TPRurais!

Um abracoe obrigado pela participacao. Venha sempre a este espaco que e TEU!

MA