Monday 8 February 2010

A Opiniao de Bernardo Luis Aleixo

A pesar do discurso bastante implacável à margem da tomada de posse do Presidente da República a indicar que estava determinado a “acabar” com a corrupação e lutar cantra a pobreza em Moçambique, na verdade parece que as coisas estão a andar contra essa intensão, senão, vejamos: Tudo começou logo depois do “mini-bus” com chapa de matrícula MMP – 52 – 38, que fazia trajecto Quelimane-Chimoio, pára na zona do padeiro ainda em Quelimane e
ensardinha cerca de 6 estrangeiros aparentemente somalianos. Era terça feira, dia 02 de Fevereiro de 2010, por volta da 05 horas da manhã.
Me pareceu que o negócio estava feito entre o motorista e “alguém” para fazer aquele carregamento, supostamente porque os somalianos não podiam
“pegar” o bus na terminal por causa da sua situação ilegal.
Para transportar a “mercadoria”, o motorista recebeu das mãos dos somalianos uma quantia de 6 mil meticais dos quais, devia usar montante não estipulado por forma a ter os estrangeiros livre da polícia até Inchope. O destino da mercadoria era Maputo e no Inchope estaria mais alguém para fazer chegá-la ao destino.
No posto de trânsito de Chimuara, distrito de Mopeia, o primeiro o homem da lei e ordem, apareceu no meio da via com sua mão estendida num gesto de
mandar parar, mas já de perto, desistiu e deu sinal para avançar...o
primeiro suspiro do motorista se juntou a esse momento e depois ouviu-se dele “foi sorte não ter mandado parar, esses somalianos estão aqui, pá”. Estranho, não é?
Se aquela foi sorte, já na portagem de Caia, junto a ponte Armando Emílio Guebuza, foi azar, porque três homens da lei e ordem ordenaram parar o carro e um por um, descer. “Oh, não! Esses não podem fazer isso logo aqui, tenho que fazer algo”.- palavras do motorista que estava a descer do
carro ao encontro dos agentes que se aproximavam: dois polícias de
protecção e um guarda fronteira.
Minutos depois, sorridente o motorista entra de volta ao seu volante e de novo: “já está pá, podemos ir...arrancaram-me 150 meticais por causa desses
somalianos”. Já que eram três, talvez, 50 meticais para cada agente
em troca de uma ilegalidade. Aliás, o polícia guarda fronteira, pediu
boleia para ir à Chimoio e lado à lado com os somalianos, se ensardinhou sem questionar.
Alguns outros minutos depois, lá vai outro polícia de trânsito ao meio da
via, no posto de Caia, mandando parar o carro. Foi aqui, onde o azar
veio para um jovem passageiro quando em jeito de brincadeira de
viagem disse: “puxa, essa gente está em toda a estrada a procura de
dinheiro, não é?” E ai, foi abuso à autoridade, na interpretação da lei,
por parte do polícia guarda fronteira que acabava de entrar no carro de
boleia.
Sem mais de longas, o forçou a descer e ficar no posto de trânsito
de Caia. Sua bagagem e seus colegas do curso de formação de enfermagem (?), seguiram viagem à Chimoio. Aqui, o polícia de guarda fronteira proferiu palavras como: “eu posso prender à qualquer um aqui
que quiser questionar sobre aquele bandido”. Entretanto tinhamos no
carro gente a atravessar fronteiras ilegalmente juntinho a sua barba.
Assim vai o país adorado de Armando Emílio Guebuza que segundo o Savana ele, o Primeiro-Ministro (MP), Aires Ali, os 28 ministros, 23 vice-ministros e os 11 governadores provinciais custarão aos cofres do Estado, em cinco anos de mandato, 301.481.340 meticais, só em salários.
Do Planalto de Chimoio, Bernardo
Luis Aleixo
* Titulo editorial

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