CONFERÊNCIA DE COPENHAGA
Mais uma vez interesses particulares superam tudo...
Há já muito tempo que se fala e se trabalha em função da Conferência de Copenhaga sobre as mudanças climáticas. Agora finalmente já não é mais uma questão de apresentar questões da maneira mais politicamente correcta. O assunto está tão quente como as consequências do aquecimento global. Se antes eram somente os ecologistas e ambientalistas que se preocupavam com as mudanças climáticas, hoje o assunto é de domínio público com mais e mais pessoas interessadas e preocupadas. Cidades que poderão rapidamente ser afectadas pela subida do nívcel das águas do mar estão se reunindo e pensando no que fazer. Lugares onde antes nunca chovia de modo a provocar catástrofes agora estão a mercê de inundações que até destroem barragens. Aluimentos de terra, chuva no deserto a neis jamais vistos, mortos na Arábia Saudita por inundações, cheias e ciclones em Moçambique, chuvas e temperaturas incaracterísticas na Europa e América, incêndios devastadores na América e Austrália, tudo conjugado mostra que vivemos num mundo diferente. Os políticos normalmente agarrados a teses que protegem a indústria local e os empregos em seus países estão sendo obrigados a olhar para o problema das mudanças climáticas com olhos diferentes. Agora os empregados e empregadores vão começar a avaliar o desempenho dos governantes tendo em conta o que os mesmos fazem ou fizeram por um melhor clima no planeta.
Se a conferência em si é mais uma no forum diplomático internacional, com o sector hoteleiro e o da aviação civil mais uma vez agradecendo pelas receitas adicionais que resultarão, também é verdade que desta vez já não se trata de uma situação como a de Kyoto em que havia algumas dúvidas. Mesmo na comunidade científica encontravam-se defensores da tese que animava o governo americano. A teimosia em reconhecer que o Homem estava provocando danos irrepráveis ao clima do planeta ainda não terminou. Sabe-se que interesses económicos vão continuar a determinar a posição dos maiores poluentes do planeta. Sabe-se também que os países emergentes ou os doc ahamado terceiiro muno pouco terão a dizer em termos práticos em Oslo.
Em suma, as questões reconhecidas pela maioria da comunidade científica sobre o clima e factores que o influenciam vão ser tratados em função dospostos de ntrabalho que se vão perder ou ganhar e o perigo que isso pode representar nas aspirações políticas dos partidos que governam e dos que estão oposição. Já vimos governantes encomendando recomendações científicas para ultrapassar dificuldades no campo negocial com outros países. Contra o que muitos poderiam pensar sobre a posição de países poluentes como a China, Estados Unidos da América e Índia, existem alguns consensos dentro dos seus governos de que tem de fazer alguma coisa séria e consequente sobre a matéria. O clima já não é mais uma questão só para o “Greenpeace”. A estabilidade e futuro de grande parte da humanidade depende realmente da maneira como nós continuarmos a tratar das questões nos dias de hoje. O desenvolvimento industrial muitas vezes chave do desenvolvimento económico tem de ser olhado de outra maneira. É necessário alcançar consensos de cumprimento obrigatório entre os governos dos países se a pretensão de transformar Copenhaga numa conferência de sucesso. Já não se pode aceitar mais um Kyoto em que uns cumprem e outros simplesmente ignoram o que já é óbvio, o clima do mundo está sendo afectado negativamente pelas emissões humanas de poluentes.
Os países mais poderosos vão procurar como empre impor agendas e conclusões que os favoreçam. Felizmente isso não é mais uma função de poderio económico ou militar detido por um determinado país. O clima uma vez alterado afecta poderosos e fracos. Os poderosos não possuem meios para se proteger dos efeitos negativos das mudanças climáticas pois se fosse esse o caso não teríamos nenhuma conferência em Oslo. É necessário olhar para toda esta movimentação diplomática com pragmatismo e não nos deixarmos enganar por supostas posições progressistas de alguns governos. Os avanços que houver vão depender da gravidade das mudanças e do grau de compreensão que os governos poderosos tem sobre as recomendações dos seus cientistas.
Não será como no Médio-Oriente em que a situação não conhece progressos palpáveis porque uma das partes suposta parceira ou mediadora nas negociações continua a colher lucros unilateriais com a manutenção do conflito. Qaundo os membros do “Quarteto” não conseguem fazer uma agenda separada dos fabricantes de armas e dos extremistas de ambos os lados não há nada de novo no campo negocial.
Em Copenhaga teremos aquilo que for suposto importante pelas potências ou teremos um Protocolo de Kyoto com outro nome. Infeizmente não há nada de novo em Washington.
A preparação de encontros como o de Copenhaga obedece a toda uma série de procedimentos e regras. A influência dos think-tanks, dos lobistas, dos interesses particulares, a fraqueza da comunidade científica genuína, a ignorância dos políticos e a fraqueza negocial da maioria dos países do mundo vão fazer com que uma meia dúzia de governos determine o que serão as conclusões de Oslo.
Enquanto muitos querem impor uma nova discussão ou nova agenda ambiental no mundo em meu país o governo autoriza que se cortem árvores para alimentarem as necessidades comerciais chinesas. China essa que vai também a Oslo defender suas posições.
O que se passa nos salões da diplomacia internacional difere da realidade dos países especialmente como Moçambique. Copenhaga e seus objectivos entanto que conferência sobre mudanças climáticas começaram a ser motivo de preocupação há mais ou menos seis meses com a realização de alguns encontros de concertação inter-ministerial. Mas o atraso é evidente a esse nível. O MICOA com as suas atribuições, competências e poderes reais falam por si. É preciso não ter ilusões...
Russian ballet star Vladimir Shklyarov dies at 39
-
Shklyarov, a principal with the prestigious Mariinsky Theatre, is being
remembered as an "extraordinary artist".
1 hour ago
No comments:
Post a Comment