Sunday 1 November 2009

Guebuza e FRELIMO de vento em popa

A DÚVIDA QUE PERSISTE É SOBRE O SEGUNDO PRESIDENCIÁVEL MAIS VOTADO
➢ A grande “estrela” nestas eleições é o extreante Daviz Simango que em muitos círculos ultrapassa largamente o seu antigo líder – Afonso Dhlakama – e em todos em que o seu MDM foi permitido concorrer arrebatará mandatos
➢ Até nas antigas bases centrais da RENAMO em Marínguè e na Casa Banana (Sofala), Dhlakama e a “perdiz” foram cilindrados pelo partido FRELIMO e Armando Guebuza
Os resultados até ao fecho desta edição disponíveis davam indícios claros de uma vantagem folgada de Armando Guebuza e o seu partido, a FRELIMO, em todo o país, à excepção da província “rebelde” de Sofala, onde o actual edil da Beira, Daviz Simango, e o seu Movimento Democrático de Moçambique (MDM) lideram.
Afonso Dhlakama e a sua RENAMO estão a ser literalmente humilhados à escala nacional. Apenas porque o MDM concorreu em apenas quatro dos 13 círculos eleitorais, a “perdiz” manterá a posição de segundo maior partido de Moçambique, embora com redução da votação e da representação parlamentar.
Há fortíssimas probabilidades de Daviz Simango poder vir a suplantar Dhlakama e ficar em segundo lugar na eleição presidencial e, consequentemente, ascender a membro do Conselho de Estado.
É notória a preferência por Simango e o MDM, principalmente nos meios urbanos, incluindo a capital de Moçambique, Maputo.
Aqui ocorreu um verdadeiro “escândalo”. A assembleia de votos onde o actual Chefe de Estado, Armando Guebuza, e esposa, Maria da Luz, votaram quem saiu vencedor é Simango e seu partido.

O mesmo aconteceu numa outra assembleia da zona chique de Maputo, onde votaram muitas celebridades do regime, incluindo a Primeira-Ministra em exercício, Luísa Diogo, e o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama: Daviz Simango arrecadou um número substancial de votos.
Enchimento de urnas
O boletim da AWEPA/CIP escrevia numa das suas edições desta quintafeira haver “sinais de que houve enchimento de urnas” nos mesmos lugares de 2004 – em Tete e áreas remotas de Gaza.
Cita o canal público de radiodifusão nacional, a Rádio Moçambique (RM), para referir que tais ilicitudes teriam ocorrido em Chicualacuala, na província meridional
moçambicana de Gaza, onde “houve 3218 votos para Guebuza e absolutamente nenhum para Simango ou Dhlakama”.
Referiu-se a outra situação alegadamente ocorrida em Mágoè, na Noroeste província de Tete, onde “houve 4998 para Guebuza, um para Dhlakama e dois para Simango”.
Incidentes
A mesma fonte refere que na Ilha de Moçambique, na província nortenha de Nampula, três delegados de candidatura da RENAMO foram detidos pela PRM, na assembleia de voto da Escola Primária Completa do bairro de Djembeze, dois por impedimento de exercício de votação aos eleitores, e outro por ter espancado o presidente da mesa número 541, de nome Pilale Vuqueque Lequece.
Em Memba, na mesma província, conforme acrescenta o mesmo periódico, “um idoso foi detido pela PRM, na assembleia de voto número 2371 da Escola Primária 7 de Abril, na sequência de ter deixado cair um panfleto do candidato da RENAMO que estava na sua posse”.
Diz ainda que um jovem foi detido pela PRM, na Escola Primária 4 de Outubro, na zona de Mitequerere, na mesma região, acusado de ter rasgado o boletim de voto, dentro da assembleia número 0003.
CORREIO DA MANHÃ – 30.10.2009

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