- escreve Boletim do CIP e da AWEPA
“A Frelimo vai gastar o equivalente a mais de metade do financiamento do Estado para toda a campanha eleitoral (50 milhões de meticais), só em aluguer de helicópteros”
Maputo (Canalmoz) – O Boletim sobre o processo político em Moçambique, produzido em conjunto pelo Centro de Integridade Pública (CIP) e pelos Parlamentares Europeus para a África (AWEPA), estima no seu último número, 17, que a campanha eleitoral do candidato eleitoral da Frelimo, Armando Emílio Guebuza, esteja a gastar “quase 27 milhões de meticais” no “uso intensivo dos quatro helicópteros”.
Isto significa, apontam o CIP e a AWEPA, “que a Frelimo vai gastar o equivalente a mais de metade do financiamento do Estado para toda a campanha eleitoral (50 milhões de meticais) só em aluguer de helicópteros”.
“Isto mostra que a Frelimo tem muito mais dinheiro do que qualquer outra força política em Moçambique para fazer campanha eleitoral”, constatam.
Cada um dos 4 helicópteros (Bell 206-Jetrangers) usados pelo candidato Armando Guebuza custa 19.000 meticais ($700) por hora de voo, sem incluir o combustível, taxas aeroportuárias e custos com a atribulação (acomodação, refeições e transporte terrestre) que são integralmente assumidos por quem aluga os helicópteros. Os custos acima não incluem ainda a movimentação dos helicópteros de Lanseria para Maputo. Cada helicóptero precisa de 4 tripulantes, incluindo o pessoal de apoio logístico em terra. “No total, nós estimamos o custo dos helicópteros em perto 27 milhões de meticais”, isto cerca de 1 milhão de USD.
Estes helicópteros pertencem à Nacional Airways Corporation, baseada no aeroporto de Lanseria em Pretória, África do Sul.
A operação no entanto está a cargo da Capital Helicópteros, Lda., que tem escritórios no aeroporto de Maputo e cujo proprietário habita numa vivenda existente no chamado “saco da Inhaca”.
O assunto dos helicópteros levanta inquietações relacionadas com a transparência e contornos do contrato, sobretudo, porque o presidente Armando Guebuza usou, muito recentemente, o mesmo tipo e número de helicópteros para fazer as suas presidências abertas.
Referira-se que foi do aeroporto de Lanseria, que no dia 31 de Janeiro de 2003, saiu a avioneta que trouxe Aníbal dos Santos Júnior, vulgo Anibalzinho, depois da sua primeira fuga facilitada.
Nesse dia, em Maputo, numa tenda montada no interior da dita cadeia de máxima segurança, vulgo B.O, onde decorreu o julgamento do «Caso Cardoso», o juiz Augusto Paulino, hoje investido nas funções de
Procurador-Geral da República, proferia a sentença do Caso que tirou a vida, de forma cobarde, ao jornalista Cardoso.
A avioneta que trouxe Anibalizinho, fora alugada pelo Ministério do Interior, nos anos áureos de Almerino Manhenje, o super ministro de Chissano. No postulado de Joaquim Chissano, Manhenje ocupava as pastas de ministro do Interior (MINT) e de ministro na Presidência para Assuntos de Defesa e Segurança. Por ironia da história, Manhenje, hoje encontra-se encarcerado na cadeia civil, num alegado caso de desvios de fundos do MINT.
Quem é a NAC?
O Canalmoz apurou que National Airways Corporation (PTY) Limited, foi fundada no ano de 1936. Tem actualmente uma frota de 39 helicópteros e 56 pilotos, sendo que 20 estão a tempo inteiro e 36 a tempo parcial. Detém o Certificado: N140D/G141D, sendo que está habilitado a voar no continente africano e no espaço da União Europeia.
A NAC oferece uma gama completa de serviços de aviação e produtos. São especializados em vendas de aeronaves, manutenção de aeronaves, peças, charter, operações de voo e treinamento de pilotos.
A NAC tem sucursais em Cape Town, Durban, aeroporto de Rand em Joanesburgo e Pretória, isto na África do Sul. Fora da “Nação do Arco Iris” tem sucursais em Angola, Botswana, Nigéria e Quénia. Tem ainda delagações ultramarinas na Austrália e E.U.A.
Em 1999, a Imperial Holdings adquiriu uma quota de 62% no NAC. Imperial Holdings é um grupo empresarial cotado na Bolsa de Valores de Joanesburgo.
A seguir veja os destinos que a NAC tem para as cidades de Moçambique na tabela abaixo, os respectivos aeroportos, cidades e rotas.
Hezbollah media chief killed in Israeli strike in Beirut
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The head of Hezbollah's media office, Mohamad Afif, was one of the group's
few remaining public faces.
57 minutes ago
2 comments:
"Frelimo tem 27 milhões só para aluguer de helicópteros"
A primeira interpretacao que faco desse titulo, que e simultaneamente a menos sensacionalista, e que a frelimo e um movimento altamente estruturado e com capcidade de fazer coisas grandes. Que a Frelimo, sabe se organizar para estar a par dos gastos eleitorais. Bem como sei que esse e um comentario basico, posso dizer oh caro alculete que vou esperar de outros dados para fazer qualquer outro tipo de interpretacao. Meu caro os avioes tem um preco por hora, os mesmos foram usados em tempo x, para desempenhar actividade y, acabaram sendo pagos. Nao vejo noticia ai? Ou faltam alguns dados?
Pior e quando dentro do proprio texto encontro esta constatacao dos autores.
“Isto mostra que a Frelimo tem muito mais dinheiro do que qualquer outra força política em Moçambique para fazer campanha eleitoral"
Ta tudo dito
Concordo parcialmente com o Noa.
Falta saber quanto foi gasto na totalidade.
O que se poderia fazer com tal dinheiro, em termos de reducao da pobreza. E o que restaria ao partido glorioso para fazer campanha se nao usasse tais 27 milhoes.
Democracia tem o seu preco. Mas quem deve pagar nao e' o povo. Quem paga os helicopteros? Sao os doadores do partido. Entao nada de lagrimas
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