Wednesday 2 September 2009

Primeiro acusou o MDM de ter estratégia de auto-vitimização



Dhlakama disparou contra membros da Frelimo

- diz Edson Macuácua, Secretário do Comité Central da Frelimo para a Mobilização e Propaganda, acusa ainda a Renamo de ter destruído a sede do seu partido, em Milange, na província da Zambézia

Maputo (Canalmoz) - A semana passada, o secretário do Comité Central para a Mobilização e Propaganda e porta-voz da Frelimo, Edson Macuácua, foi convidado a reagir às acusações do MDM, segundo as quais, membros da Frelimo vandalizaram comícios do partido liderado por Daviz Simango, na província de Gaza, durante a visita do seu líder àquela província. Reagiu refutando estas acusações, e, por sua vez, acusou o MDM de estar a adoptar uma política de auto-vitimização, para ganhar simpatias no seio dos eleitores. Hoje é o mesmo Edson que acusa a Renamo e o seu líder de terem vandalizado instalações da Frelimo, no distrito de Milange, na província da Zambézia. Será esta também uma estratégia de auto-vitimização?
Edson Macuácua explicou ao Canalmoz que uma “comitiva do líder da Renamo, na província da Zambézia, distrito de Milange, no posto administrativo de Majaua, não conseguiu realizar um comício em virtude de a Renamo não ter conseguido mobilizar pessoas para o efeito. E fracassado o comício, a comitiva do líder da Renamo dirigiu-se a Sede do comité de Zona do Partido, onde espancaram os membros da Frelimo que estavam ali presentes, vandalizaram a sede do partido, a qual ficou parcialmente destruída, feriram muitos camaradas, sendo que 2 dos quais se encontram hospitalizados no Hospital Rural de Milange”.

Dhlakama disparou contra membros da Frelimo

“O mais agravante é o facto de o próprio líder da Renamo ter incitado, promovido e praticado a violência, pois segundo dados em nosso poder, o próprio líder da Renamo disparou um tiro pelo seu próprio punho, o que é inaceitável, inadmissível e intolerável”, acrescentou Macuácua ao Canalmoz.
O propagandista da Frelimo descreve o cenário detalhadamente, como se lá tivesse estado. Explica que “o líder da Renamo disparou quando de regresso de Majaua. Chegou à sede do distrito de Milange, mandou a sua comitiva em frente da sede do comité distrital da Frelimo em Milange, onde ele próprio disparou um tiro e os membros da comitiva vandalizaram a sede do partido Frelimo”.
Edson Macuácua não promete mover nenhuma acção criminal contra Afonso Dhlakama, a quem acusa de ter disparado contra membros do seu partido. Limita-se a classificar e a atribuir adjectivos ao líder da Renamo.
“A atitude do líder da Renamo é de tamanha irresponsabilidade que o desqualifica politicamente como candidato às próximas eleições, por não reunir os valores dignos de postura de um candidato presidencial. É um mau exemplo para os seus militantes”, afirma.
A terminar, Macuácua diz que a Frelimo apela a todos os actores políticos para que se abstenham de praticar a violência, de modo que o momento eleitoral seja um momento de festa e do reforço da cultura de paz, da estabilidade e da convivência democrática harmoniosa...”
Contactamos telefonicamente o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, para o convidarmos a reagir a estas acusações, mas este não nos respondeu, alegando estar em reunião. “Ligo-lhe daqui a 30 minutos”, disse Mazanga depois de escutar a nossa questão, eram cerca de 13 horas e 30 minutos.
Ao cair da noite a presente edição do Canalmoz fechou, e Fernando Mazanga ainda não nos havia telefonado. Quando insistíamos com a chamada, não nos atendia. Esteve pouco depois num directo numa das televisões locais.

(Borges Nhamirre)



2009-09-02 06:05:00

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