Wednesday, 2 September 2009

AI insta Obama a levantar embargo a Cuba

A AMNISTIA Internacional instou o Presidente norte-americano, Barack Obama, a levantar o embargo a Cuba, existente desde 1962 e que, segundo a organização, "põe em perigo a saúde de milhões de pessoas" ao dificultar o acesso a material de saúde.

Num relatório intitulado "O embargo norte-americano contra Cuba: o seu impacto nos direitos económicos e sociais", a Amnistia Internacional (AI) pede ao Presidente norte-americano que acabe com as sanções contra o regime cubano no próximo dia 14, data em que se prevê que renove o embargo tendo em conta a Lei do Comércio com o Inimigo de 1917.

"Esta é a oportunidade perfeita para que o Presidente Obama se distancie das políticas erradas do passado e transmita ao Congresso norte-americano uma enérgica mensagem sobre a necessidade de terminar o embargo", afirmou Irene Khan, secretária-geral da organização de defesa dos direitos humanos, num comunicado divulgado ontem pela sede em Londres. Na opinião da AI, o embargo é "imoral" e envolve um perigo para os habitantes da ilha, que "não podem beneficiar de medicamentos e equipamento médico essenciais para a sua saúde".

O embargo limita a capacidade de Havana de importar equipamentos médicos de tecnologia de ponta com origem nos Estados Unidos ou com 20 por cento dos seus componentes fabricados neste país, explica.

A AI critica ainda situações pontuais, como a decisão de um fornecedor de cancelar um pedido de três milhões de seringas descartáveis, realizado em 2007 pela Aliança Global para a Vacinação e Imunização, quando se soube que iriam ser distribuídas em Cuba.

"Embora a responsabilidade de proporcionar um cuidado médico adequado recaia principalmente nas autoridades cubanas, os governos que impõem sanções devem prestar atenção às repercussões que estas podem ter na população do país", indica Khan.

Nos últimos meses, o executivo norte-americano levantou algumas restrições, como a de viagens à ilha e a do envio de remessas de cubanos residentes nos Estados Unidos.

No entanto, a Casa Branca tem afirmado em diversas ocasiões que o fim dos 47 anos de embargo passa pela democratização do regime político cubano.
Maputo, Quarta-Feira, 2 de Setembro de 2009:: Notícias

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