Wednesday, 26 August 2009

Fidel defende Obama



Fidel Castro

O EX-LÍDER cubano, Fidel Castro, considera, num novo artigo publicado ontem, que o presidente norte-americano, Barack Obama, tenta resolver os problemas dos Estados Unidos, mas a "direita racista do seu país visa desgastá-lo e tirá-lo do jogo". Maputo, Quarta-Feira, 26 de Agosto de 2009:: Notícias
Segundo Fidel, "a poderosa extrema-direita dos EUA odeia Obama por ser negro", por isso boicota tudo o que ele faz, mesmo que o presidente norte-americano não pretenda mudar o sistema capitalista.

"Nasceu, foi educado, fez política e teve êxito dentro do sistema capitalista e imperialista dos Estados Unidos. Não deseja nem pode mudar o sistema. O curioso é que, apesar de tudo isso, a extrema-direita odeia-o por ser afro-americano e combate o que ele faz para melhorar a imagem deteriorada dos EUA", afirmou o ex-presidente, no sítio oficial cubano "cubadebate.cu", citado pela agência Lusa e pelo jornal online ÙltimoSegundo.

Mesmo se Obama nunca questionar o "sistema de dominação capitalista", "a extrema-direita detesta-o", porque é afro-americano, continua o líder histórico cubano, que estima que o presidente norte-americano deve a sua eleição apenas "à profunda crise política e económica nos Estados Unidos".

"Não tenho dúvidas de que a direita racista fará todo o possível para se opor ao seu programa, a fim de o colocar fora de jogo de uma forma ou de outra, com o menor custo político possível", refere Castro, que assinala a descida das opiniões favoráveis sobre a acção de Obama nas sondagens ultimamente feitas nos Estados Unidos.

Fidel Castro afirma ainda que a estratégia de Obama de "retirar as tropas norte-americanas do Iraque para as enviar para a guerra no Afeganistão é um erro".

"Foi nesse país que se encalhou a União Soviética", lembra o ex-presidente cubano, que em 1979 apoiou a intervenção do Exército Vermelho no Afeganistão, numa altura em que os Estados Unidos apoiavam os guerrilheiros locais.

“Tomara que eu esteja equivocado!", acrescentou Fidel Castro, que chegou de elogiar Obama no início do seu mandato, antes de lhe dirigir, depois severas criticas em várias colunas da sua autoria na imprensa de Havana.

Fidel Castro, de 83 anos, cedeu o poder ao seu irmão Raul devido a graves problemas de saúde que o obrigaram a tratamentos prolongados.

Na segunda-feira foram divulgadas imagens suas, de fato de treino em conversa com estudantes venezuelanos que o visitaram na sua casa.

"Há 14 meses que não surgiam publicamente imagens do ex-líder cubano.

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