Quarta, 22 Julho 2009 15:35 lusa
Maria Moreno afirma estar “decepcionada” mas “não surpreendida” com a reeleição de Afonso Dhlakama para a liderança do principal partido da oposição moçambicana.
Maria Moreno, antiga chefe da bancada parlamentar da RENAMO, que comentava a decisão do Congresso da RENAMO que terça-feira terminou em Nampula, norte, afirmou que aguardava a indicação de uma pessoa “que trouxesse uma nova lufada de ar fresco” na organização.
Afonso Dhlakama foi terça-feira reeleito no quinto congresso da RENAMO para mais cinco anos à frente da principal força política da oposição em Moçambique, com 296 votos, contra os 10 de Rogério Vicente, chefe de Informação na Delegação Política Provincial de Inhambane, candidato também à liderança da organização.
Maria Moreno, que abandonou o partido por não concordar com a forma como Afonso Dhlakama o lidera, afirmou à Lusa estar “decepcionada” com os resultados do Congresso, porque, disse, “a RENAMO precisa de sangue novo” na liderança.
“A RENAMO precisa de sangue novo para se lançar em campanha com um novo fôlego, resgatar um pouco os membros do partido” nas eleições gerais (presidenciais e legislativas) e provinciais de 28 de Outubro, disse Maria Moreno.
Contudo, a ex-líder da bancada parlamentar da RENAMO considerou que Afonso Dhlakama “poderá conseguir um terceiro lugar” nas eleições de 28 de Outubro, atrás de Armando Guebuza, presidente moçambicano, e Daviz Simango, líder do Movimento Democrático de Moçambique.
Sobre Congresso, Maria Moreno disse desconhecer o concorrente Rogério Vicente, chefe de Informação na Delegação Política Provincial de Inhambane, que se candidatou à liderança do partido.
“Nunca ouvi falar deste senhor Rogério”, até porque “numa eleição séria num partido, um candidato à presidência deve ser uma pessoa com alguma fama no país. Não sei se ele fez campanha. Não ouvi falar de um outro candidato até a realização do Congresso”, disse Maria Moreno.
Ismael Mussá ex-assessor do líder da RENAMO para os assuntos parlamentares referiu à Lusa que a reeleição de Afonso Dhlakama reflecte a “vontade dos congressistas”, sendo por isso necessário “respeitar”.
“Respeito e desejo que (Afonso Dhlakama) tenha sucesso”, disse Ismael Mussá, que também largou a RENAMO para se juntar ao Movimento Democrático de Moçambique, de Daviz Simango, edil da Beira.
Ismael Mussá é um dos “notáveis” da RENAMO que sempre exigiu a convocação “urgente” de um Congresso do principal partido da oposição moçambicana para analisar a pesada derrota nas eleições autárquicas de 2008 e eleger um novo líder.
Em declarações à Lusa, em Novembro, o ex-assessor do líder da RENAMO para os assuntos parlamentares considerou necessária uma “rápida” convocação do congresso do partido e “salutar” a demissão de Afonso Dhlakama, para salvaguardar a imagem do partido.
A recusa do líder da RENAMO em convocar o congresso ditou o abandono de quadros seniores daquele partido.
Questionado sobre o evento, Ismael Mussá disse hoje à Lusa ter ficado “surpreendido” com a realização do Congresso, até porque “sempre” esteve expectante, devido aos sucessivos adiamentos pela liderança do principal partido da oposição de Moçambique.
In O PAIS, 23 DE JULHO 2009
Archbishop of York 'regrets' that abuse scandal priest had role renewed
twice
-
Stephen Cottrell knew former priest David Tudor had paid compensation to a
woman who says Tudor abused him as a child.
35 minutes ago
No comments:
Post a Comment