A FRELIMO considera a decisão da Renamo de adiar o seu congresso que havia sido agendado para entre os dias 11 e13 do mês em curso, em Nampula, como sendo o “cúmulo da desorganização e irresponsabilidade política”.
O secretário do partido governamental para a Propaganda e Mobilização, Edson Macuácua, disse à AIM ser “intolerável” que a Assembleia da República (AR), o mais alto órgão legislativo do país, tenha decidido interromper os seus trabalhos, com todas consequências financeiras da resultantes, por causa de um encontro que não vai acontecer.
“O principal inimigo da Renamo é o próprio lider, Afonso Dhlakama”, disse Macuácua. Ele acrescentou que “o resultado é que a Renamo está a destruir-se. Eles dizem que a Frelimo pretende regressar ao sistema de partido único, mas na verdade a Renamo está a atingir esse ponto através do seu próprio comportamento”.
O congresso vem sendo adiado desde 2007.
Esta formação política alega que os seus delegados estarão envolvidos na monitoria do censo eleitoral, cujo início está marcado para o próximo dia 15 de Junho corrente.
Em comunicado de imprensa, a Renamo acusa a Comissão Nacional de Eleições (CNE) de estar a orquestrar uma derrota a este partido nas eleições gerais e das assembleias provinciais agendadas para 28 de Outubro próximo.
A “perdiz” alega igualmente que a CNE pretende reduzir o número de mandatos nas províncias onde esta formação acredita serem do seu domínio, designadamente Nampula (norte do país), Zambézia e Sofala (no centro).
Para aquela agremiação política, os mandatos “retirados” em Nampula, Zambézia e Sofala serão depois redistribuídos pelos círculos eleitorais onde este partido tem poucas probabilidades de ganhar as eleições, nomeadamente na cidade de Maputo, província do Niassa, entre outros.
Mas o argumento da Renamo é claramente infundado, uma vez que o número de mandatos é definido em função do universo de eleitores inscritos.
A cinco de Maio deste ano o maior partido da oposição nacional veio a público anunciar que o congresso teria lugar em Nampula entre os dias 1 e 3 de Junho.
Nos finais do mesmo mês de Maio, o seu porta-voz, Fernando Mazanga, culpou 'manobras' do Partido Frelimo, alegando que esta formação política tinha feito reservas nos mesmos locais escolhidos antepadamente pela Renamo para albergar os seus delegados ao congresso.
De acordo com Mazanga, a Frelimo tinha organizado seminários para os seus membros exactamente em datas e locais preferidos pela “perdiz”.
Contudo, Mazanga escusou-se a indicar os nomes de tais locais, justificando que os seus proprietários pediram para não serem identificados por temer represálias por parte da Frelimo.
Ficou provado que esta justificação também era falsa já que a Frelimo não tinha nenhum seminário agendado para Nampula, pelo menos na primeira semana do presente mês de Junho, para além de que os principais hotéis desta cidade nortenha tinham muito espaço disponível.
Nessa mesma altura, Mazanga insistiu que, apesar da “sabotagem” da Frelimo, a Renamo iria para o seu congresso, mesmo que isso significasse realizá-lo na sombra de cajueiros, mas desta feita entre os dias 11 e 13 de Junho, antes do início da actualização.
Nesta última segunda-feira, Mazanga disse que a Renamo vai priorizar o início do registo eleitoral e, por isso, iria adiar o congresso.
Maputo, Quarta-Feira, 10 de Junho de 2009:: Notícias
India mourns ex-PM Manmohan Singh with full state funeral
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Mourners gathered across Delhi to pay respects to a former PM many credit
for India's economic reform.
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