
Celebra-se o dia de África, dia 25 de Maio, a data foi instituída na reunião de Adis Abeba, onde os líderes africanos criaram a OUA (Organização da Unidade Africana), hoje a União Africana.
Dada a importância desse encontro, a ONU, em 1972, instituiu o dia 25 de Maio como Dia da Libertação de África. Simboliza a luta e combate dos povos africanos pela sua independência e emancipação.
Os líderes africanos que outrora se intitulavam defensores da liberdade, democracia, igualdade de direitos políticos e económicos dos seus povos transformaram-se hoje em exploradores do seu próprio povo.
Quarenta e sete anos depois da criação da OUA e conversão em União Africana (UA) com princípios democráticos imaculados, os “heróis de ontem viraram os vilões de hoje”, ficaram reféns do poder e viraram também os “carniceiros” dos seus próprios povos...
O falecido estadista moçambicano, Samora Moisés Machel dizia vezes sem conta que “o poder corrompe”, o espectro actual da vida política e económica africana reflecte a visão de Samora.
O sonho dos africanos pela liberdade foi durante anos posto em causa e continua a ser posto em causa por alguns antigos e novos dirigentes africanos. As experiências tais como a do Zimbabwe, Quénia, Madagáscar, Comores, Guiné-Bissau, República Democrática do Congo, Angola, Sudão, Tchad, Gabão, Congo Brazzaville, Guiné-Equatorial, Somália, entre outros revelam o quão negra é a realidade africana.
Vários são os dirigentes, presidentes, líderes que em nome de interesses individuais protelaram o futuro do seu povo envolvendo-se em esquemas de corrupção, pilhando o seu próprio povo, guerreando o seu próprio povo, deixando-se manipular contra o seu próprio país, defendendo interesses das elites europeias a troco do sangue dos seus compatriotas. Foi o que fez Idi Amin Dada no Uganda, Mobutu Sesse Sekou, no antigo Zaire. É o que fazem dirigentes como Omar Bongo Ondimba no Gabão, Denis Sassou Nguesso no Congo Brazzaville, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo na Guiné-Equatorial, José Eduardo dos Santos em Angola, Charles Taylor, envolvidos em escândalos de corrupção dentro e fora dos seus países.
A vida política dos países africanas está constantemente em volta de suspeições, quanto à natureza dos negócios que os governantes realizam com empresários, empresas de negócios que envolvem a função pública. Favores estes que custam caro a economia dos próprios países.
A situação em África é de tal sorte preocupante, principalmente quando as forças de segurança dos países vivem em estreita parceria com os líderes do crime organizado, do tráfico de drogas e pessoas, de tráfico de influência e informações, que vezes sem conta como atesta a Guiné-Bissau acabam de forma trágica.
O pior para os povos africanos, nestes anos de história, é que para além de serem roubados pelos seus próprios dirigentes, é de verem o produto desse roubo parar em bancos de países desenvolvidos, autênticos paraísos fiscais, beneficiando terceiros em detrimento dos seus legítimos proprietários.
É verem os biliões de dólares serem utilizados para comprar mansões em Marbella, Espanha, como fez Mobutu, e os milhões que este deixou aos cofres suíços e de outros países que serviriam para reconstrução da República Democrática do Congo (ex-Zaire), ou então, o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que segundo a Human Right Watch, o seu governo desviou 4 biliões de dólares das receitas do petróleo do país, entre 1997 e 2002.
fonte: O País
Major incident declared over canal sinkhole
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A multi-agency response is under way at the scene in Whitchurch, with the
public asked to stay away.
16 minutes ago
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