Thursday, 9 April 2009

Sector diamantífero a braços com ‘profunda crise’


ANGOLA

Maputo (Canal de Moçambique) - O impacto da crise financeira mundial na indústria diamantífera em Angola é já uma das maiores preocupações governamentais. O preço de comercialização dos diamantes, uma das maiores fontes de riqueza do país, caiu mais de 40% nos últimos meses.
Os primeiros sinais de recessão fizeram notar-se quando a gigante BHP Billiton (que também é accionista da MOZAL na Matola em Moçambique), anunciou o cancelamento dos investimentos em projectos de exploração de diamantes em Angola, logo seguidos de uma redução de custos. Uma medida que tem como objectivo responder à diminuição da procura deste recurso mineral.
Alberto Fançony, director de planeamento da ENDIAMA garantiu que esta empresa estatal vai manter os postos de trabalho e os salários, apesar da crise. A «Endiama» está a desenvolver estratégias para manter os trabalhadores, mas iniciou o processo de redução de custos. "Os custos operacionais foram reduzidos entre 50 a 60%", referiu Alberto Fançony.
O encerramento da mina de diamantes da Catoca, a maior do país e a quarta maior do mundo, foi uma consequência da quebra da procura. De acordo com a empresa russa «ZAO Airosa» estima-se que as actividades de exploração desta mina sejam responsáveis por três quartos da produção em Angola. A mina de Catoca, que tinha previsto para este ano um lucro de 12,8 milhões de dólares, só deverá ser retomada no final de 2009.

(Redacção / Diário Económico)

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