ÁFRICA DO SUL
Pretória (Canal de Moçambique) - O chefe da campanha eleitoral do ANC, Fikile Mbalula, declarou ontem que “a polícia deve disparar para matar no momento da detenção de criminosos”. Mbabula, que falava perante cerca de 5.000 apoiantes do ANC em Mdantsane, província do Cabo Oriental, disse que “o combate ao crime era uma das grandes prioridades” do partido no poder na África do Sul após as eleições de 22 do corrente. Na sua alocução, Mbalula sublinhou “estar farto do crime a nível das comunidades”, acrescentando que “como membro do ANC dizemos que os criminosos devem ser abatidos em pleno dia”.
As declarações de Fikile Mbalula, vista por certos sectores como “populistas” e “eleitoralistas”, contrastam com a posição assumida por um ex-ministro da segurança do ANC, Charles Nqakula, o qual afirmou perante o Parlamento há cerca de três anos que relativamente à situação do crime na África do Sul, “as pessoas poderiam continuar a lamentar-se e a terem uma atitude negativa ou então simplesmente abandonar o país de forma a que os sul-africanos amantes da paz – o bom povo sul-africano – possam fazer da África do Sul um país de sucesso.” As palavras de Charles Nqakula surgiram numa altura em que membros do Parlamento apelavam ao governo para tomar medidas destinadas a estancar o crime, incluindo a matança diária de agricultores boers.
Não obstante ter-se revelado incapaz de debelar o crime generalizado que assolava a África do Sul quando tutelava o pelouro da segurança, Charles Ngakula, recorde-se, foi o mesmo que veio a Moçambique em Fevereiro de 2006 com a promessa de que o governo do ANC “iria desdobrar no terreno alguns dos melhores recursos humanos e materiais” à sua disposição “para ir o fundo da questão e descobrir quem cometeu o hediondo crime” em que perdeu a vida o presidente Samora Machel. Desconhecem-se até à data os resultados das medidas anunciadas pelo ex-ministro da segurança da África do Sul relativamente ao acidente de Mbuzini, mas a julgar pelas declarações do director da campanha eleitoral do partido dirigente sul-africano, que promete o recurso à força bruta e dar carta branca à polícia que deve disparar para matar – por “estar farto do crime a nível das comunidades” – aos moçambicanos resta apenas aguardar pelo desenrolar das investigações, que, presume-se, estejam em curso, e que foram o ano passado solicitadas pela Presidência da República de Moçambique à PGR nacional.
(Redacção / The Times/ Pretoria News)
2009-04-09 06:10:00
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