Maria Moreno SG do MDM?

Beira (O Autarca) – Há fortesindicações que dão conta que MariaMoreno, ontem destituída do cargo de Chefe da Bancada da Renamo na Assembleia da República, passará a ocuparo cargo de Secretrário Geral da nova formação política dirigida pelo autarcaDaviz Simango, que adoptou a designação de MDM (Movimento Democrático
de Moçambique).
Apesar da conferência constituinte do MDM tida lugar no último fim-de-semana, na Cidade da Beira, ter encerrado sem a apresentação formal dessa figura como Secretária Geral, O Autarca apurou que Maria Moreno dirigiu vários encontros paralelos ao evento nos quais identificou-se como sendo a SG do novo partido. Eventualmente aguardasse pela sua esperada exoneração do cargo de confiança que
vinha exercendo na Renamo, para assumir publicamente a nova tarefa no MDM.
Formalmente, o Presidente do Partido, Daviz Simango, acula com as funções de Secretágio Geral, tendo sido anunciado que tal vai durar durante cerca de dois meses, período considerado razoável para a indicação do SG.
Reagindo a sua destituição do cargo de Chefe da Bancada parlamentar da Renamo, Maria Moreno deixou claro ter se tratado de uma decisão há muito esperada, tanto mais que reconheceu ter perdido confiança quando publicamente revelou-se simpática a
nova formação política liderada por Daviz Simango. Ela participou activamente na Assembleia constituinte do MDM.
Maria Moreno concorreu para o cargo de Presidente do Município de Cuamba, Província de Niassa, tendo sido derrotada a favor do candidato da Frelimo.
Tendo em conta a sua manifesta simpatia com o movimento de Daviz Simango, é óbvio que jamais constituiria aposta de Afonso Dhlakama, pelo que seria excluído da lista de candidatos a deputados da Assembleia da República nas próximas legislativas, o
que poderia significar o fim da sua carreira política.
Como ela encontram-se na mesma situação outros membros da Renamo que estão a aliar-se ao MDM, na opinião pública por uma questão de sobrevivência sobretudo social, tendo em conta que no contexto actual ser deputado da Assembleia da República
representa um bom emprego.
Importa sublinhar, entretanto, que muitos fazedores da política moçambicana,
sobretudo os da oposição, com excepção de um e outro, não tem
emprego condigno ou formal.
(R)