O regresso do filho pródigo
Passaram meses que neste espaço nada vinha escrito acerca do “Azar de ser zambeziano”. Tive muitos motivos que me fizeram com que parasse de escrever
e, acima de tudo, foram momentos de reflexão, de escuta, de consulta e de
pedido de opiniões e críticas a volta dos meus artigos.
O percurso foi muito longo e deu para aprender muita coisa. Aliás, as críticas que fui recebendo bem como as diversidades de pontos de vista em função ao que escrevo, deram-me grande impulso o que muito me motivou apesar das grandes ameaças em chamadas
anónimas que fui recebendo no ano transacto. Não fiquei assustado pelas tais chamadas, pois, o que eu escrevo é uma pura verdade. É sim verdade, quando escrevo que Zambézia não desenvolve por culpa própria de zambezianos.
Vejam só: Zambézia foi a única Provίncia que pagou salários muito tarde no final do ano; Zambézia é das provincias que falar de Turismo constituí ameaça a humanidade. Uma das nossas jovens que por acidente foi participar no “Turismo Nacional da Juventude” em Cheringoma, quando foi entrevistada pela Rádio Moçambique, disse que não sabia os motivos que teriam lhe levado aquele suposto “Encontro Nacional da
Juventude”; Zambézia é a província que até hoje, enquanto outras provincias
apostam na juventude, alí se amputam as pernas da juventude.
Alguns zambezianos bem letrados, na sua maioria da década 70 viraram autênticos mafiosos; criam supostas organizações em nome da terra natal para seu proveito pessoal, acomodando os seus amigos de infância, primos, entre outros mais próximos. Até entre eles nem se falam por causa dessas mafias, pois uns não concordam com a ideia de usar nome duma província pobre mas com riqueza, para ter dividendos pessoais.
Existem outros casos gritantes que muitos de nós conhecemos.
O nosso edil que repetiu a PROEZA pela terceira vez, provou em dez anos que não era capaz. Mas nós mesmos, conhecedores das suas lacunas, tornamos em lhe apostar. Meia volta, reclamamos que as ruas estão esburacadas. Quem será o culpado? Contentamo-nos em Taxibicicleta como se China se tratasse.
A nível do País, Quelimane é a cidade onde um simples talhão de 15x30 metros
e na mão de alguém, vende-se acima de 300.000 mts. Incrível!! E somos primeiros
a reclamar. Passamos a reclamar e nunca apresentamos ideias. Passamos o tempo a
apontar Rondinhos. Quando esses Rondinhos querem dar alguma ideia, vemos neles como descontentes, polémicos, mussolynistas e homem fora das nossas fileiras. Noutras palavras: ESSE CAMARADA NĂO Ė NOSSO. Tudo misturamos; não conseguimos separar
politiquice com desenvolvimento e crescimento humano.
O ano passado foi dos piores com excessão dos 7.000.000 mts que são drenados nos distritos. Sobre a ponte Lugela, eu falei muito e fui ouvido apesar de ter sido conotado, só pelos simples facto exigir direito dum povo que carecia da ponte. Hoje a ponte é uma realidade.
O senhor Muária-nosso Governador, dirigiu a província de acordo com o tipo de gente que encontrou. Mas penso que foi muito infeliz na área da Juventude e Desportos. Muária acomodou incapazes talvéz por serem bons camaradas ou, em última hipótese, aquela direcção tem uma tripla protecção dos chefes do Muária.
Só pode ser isso, porque em condições normais, aquela direcção já devia ter
cessado hà bastante tempo. . Acredito e tenho fé que, se Muária quer ver a
província a desenvolver, poderá pôr o dedo na consciéncia e, se puder, poderá mexer algumas pedras. Mas se Muária apenas quer cumprir com o seu mandato e não se interessa em desenvolvimento da província, provavelmente vai deixar andar como
está sem mexer nenhuma pedra.
A nossa oposição é outra lástima.
Temos uma oposição que até devia se atrelar a FRELIMO. A nossa oposição provou que não está em condições de dirigir este país. Os ditos intelectuais que muito eu respeito, nem sei o que teêm feito. Mas há quem me disse que aqueles intelectuais, alguns estão na Renamo para conquistar espaço e protagonismo na casa do povo. Será??!
Mas é essa a nossa realidade. Os nossos ditos deputados que representam a juventude na casa magna, são uma desilusão. Apenas estão na Assembleia para aumentar o número de dorminhocos e de bate-palmas.
rocavil@gmail.com
'Storm Bert left me with just the clothes I'm wearing'
-
Residents hit by flooding describe what it has been like in the aftermath
of Storm Bert.
3 hours ago
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