Sector terciário: a tábua de salvação
O sector emprega mais de 60 por cento da população moçambicana e em 2007 participou no Produto Interno Bruto (PIB) com 40 por cento, dos quais um quinto do sector público e os restantes do sector privado. A privatização das empresas públicas leva o sector privado a actuar cada vez mais na economia nacional, em particular nas províncias.
Maputo (Canal de Moçambique) – O sector terciário, considerado importante na economia do País pela sua contribuição no combate ao desemprego, registou nos últimos anos uma expansão e crescimento rápidos devido à ocorrência de flexibilidade acrescida e concorrência reforçada no mercado internacional. O conhecimento e emergência de novos tipos de serviços e o papel cada vez mais crescente das novas tecnologias de informação e comunicação também contribuíram para o efeito. Isto segundo a KPMG, uma instituição Internacional de Auditoria e Consultoria, de acordo com o seu relatório ainda não tornado público mas já na posse do «Canal de Moçambique». Estes factores, refere-se, vieram melhorar e dinamizar a qualidade e quantidade dos serviços prestados aos cidadãos.
O relatório aponta que o sector de Serviços emprega mais de 60 por cento da população moçambicana e em 2007 participou no Produto Interno Bruto (PIB) com 40 por cento, sendo um quinto do sector público e o restante do sector privado. A redução no sector público é resultado da privatização das empresas pública na economia nacional. Este sector de serviços caracteriza-se por possuir um levado número de Pequenas e Médias Empresas (PME´s) consideradas o motor de crescimento para o desenvolvimento económico em termos de número de unidades empresariais geradoras de emprego.
Ainda de acordo com a a KPMG, no período em análise participaram na pesquisa 39 PME´s no sector de Serviços. As mesmas empresas empregam 1.973 trabalhadores e isso representa um crescimento de 19,72 por cento comparativamente ao exercício de 2006.
“Em 2007 os Serviços participaram com 39 empresas das quais 12 constituem novas entradas e 3 das mesmas 39 empresas encontram-se contempladas no ranking das 100 Maiores Empresas de Moçambique. O grosso das empresas participantes são privadas e actuam nas províncias”, documenta o relatório da KPMG avançando que no referido sector, “o total de volume de negócios registado pelas empresas participantes foi de 1.713 milhões de Meticais. Ainda de acordo com o relatório, em 2007 o sector foi liderado pela «DCC, Lda» com um volume de negócios de 327 milhões de Meticais, seguido da própria «KPMG Moçambique» e da «Austral Cowi, Lda», com um volume de negócio de 175 e 126 milhões de Meticais respectivamente. “As empresas «DCC», «Conser, Lda» e «GOLO, Lda» tiveram o maior volume de negócios com 6,48; 3,14 e 2,47 milhões de Meticais, respectivamente”.
“A «Clean África, Lda» (39ª posição em 2006) e a Sal e Caldeira (16ª posição em 2006) passaram para 29ª e 7ª posições, com um volume de negócios de 8 e 78 milhões de Meticais respectivamente”, avança o documento acrescentado que “o bom desempenho do sector de serviços conduziu a um resultado líquido positivo de 20 milhões de Meticais, onde as empresas que contam no ranking das 100 Maiores Empresas absorveram 46,61 por cento dos resultados do sector e sendo a «Domus, SARL» a mais rentável, com lucros na ordem dos 9 milhões de Meticais”.
No sector em alusão, a empresa «Cidade Limpa, Lda» é a maior empregadora, com 417 trabalhadores, seguida da «IMOVISA, SARL», com 403 trabalhadores.
Pesca
A pesquisa da KPMG indica que apesar dos esforços que vem sendo encetados a nível Central, em 2007 a produção industrial e da aquacultura decresceram, tendo exercido uma influência significativa para a redução da produção pesqueira que se cifrou em 3,3 por cento.
“O total de volume de negócios registado pelas empresas participantes neste sector foi de 1.115 milhões de Meticais, sendo 64,08 por cento absorvido pelas empresas que constam no ranking das 100 Maiores Empresas de Moçambique”, escreve o relatório.
No critério de maior volume de negócios por sector, a «Pescamar, Lda» lidera o sector com 395 milhões de Meticais. O destaque vai para a empresa «Efripel, Lda» que mesmo sendo uma nova entrada na pesquisa da KPMG no ranking sectorial, posicionou-se no segundo lugar com um volume de negócios de 328 milhões de Meticais. “Representou ainda a empresa com maior crescimento do volume de negócio em 2007 com 36,79 por cento”.
Transportes, Terminais e Serviços a Afins
No período em análise o sector dos Transportes e Comunicações cresceu em 20,7 por cento. Foi impulsionado pelos transportes, pelo oleoduto, e subsectores aéreo, marítimo e de cabotagem.
A empresa «Cornelder de Moçambique, SARL» lidera com lucro na ordem dos 137 milhões de Meticais, seguido dos «CFM, E.P» com lucro de 122 milhões de Meticais. O destaque vai igualmente para a empresa «FPT Moçambique, Lda» que saindo de um prejuízo de 3 milhões de Meticais observado em 2006, arrecadou lucro na ordem de 8 milhões de Meticais em 2007.
Por outro lado, o relatório da KPMG refere que em termos de Volume de negócios por trabalhador, as empresas «FPT Moçambique, Lda» e a «Mozline, SARL» lideram com 10 e 9 milhões de Meticais, respectivamente.
(Emildo Sambo)
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