Uma zona montanhosa de Moçambique ficou muito tempo ignorada pela ciência, por não ser identificada devidamente no Google Earth, um mapa disponível na Internet com imagens satélites de qualquer parte do globo.
Ao realizar pesquisas no Google Earth, um grupo de cientistas detectou uma estranha zona verde, algures na provincia da Zambezia. Logo a seguir, uma expedição liderada pela Grã-Bretanha foi enviada ao local e encontrou cerca de sete mil hectares de floresta conhecida como Monte Mabu, rica em biodiversidade.
Em apenas três semanas, os cientistas, liderados por uma equipa da Royal Botanic Gardens, identificaram centenas de espécies diferentes de árvores, pássaros, borboletas, macacos e novas espécies de serpentes gigantes.
As amostras das espécies encontradas pelos cientistas encontram-se na Grã-Bretanha para efeitos de análise.
Até agora, os cientistas dizem ter descoberto três novas espécies de borboletas e uma nova de serpentes, mas acreditam existir mais duas novas espécies de plantas e também mais insectos por descobrir.
O cientista Julian Bayliss diz ter identificado Monte Mabu numa altura em que estava a pesquisar um possível projecto de conservação no Google Earth. Ele estava procurando áreas de terra situados a 1,6 metros abaixo do nível do mar onde a queda da chuva possa resultar em florestas.
Para a sua surpresa, ele encontrou zonas verdes que denotavam a existência de áreas arborizadas em lugares supostamente não exploradas anteriormente. Depois de observar melhor o mapa, ele decidiu se deslocar para ver o local “in loco”.
A expedição foi realizada por 28 cientistas de Moçambique, Reino Unido, Malawi, Tanzânia e Suíça. O grupo permaneceu numa área abandonada e com dificuldades sérias de usar o seu equipamento para levar a cabo as suas investigações.
Eles identificaram três novas espécies de borboletas Lepidoptera e um novo membro da família de serpentes do Gabão capaz de matar um ser humano com apenas uma mordida.
Uma espécie de antílope azul, macacos-simango, elefantes, quase 200 diferentes tipos de borboletas e milhares de plantas tropicais constam de outras espécies supostamente descobertas pelos cientistas.
O líder da expedição, Jonathan Timberlake, disse que imagens digitais ajudam os cientistas a descobrirem mais sobre o mundo.
Igualmente, ele disse acreditar a existência de pequenas bolsas de diversidade a volta do planeta ainda por descobrir que podem ser aproveitadas através da pesquisa em Google Earth, particularmente em Moçambique e Papua-Nova Guiné, países ainda não explorados amplamente.
Segundo Timberlake, a descoberta de novas espécies não é apenas importante para a ciência, mas também porque ajuda os esforços de conservação das espécies em partes do planeta onde a natureza está sob ameaça devido a exploração madeireira e do desenvolvimento.
A fonte referiu que o próprio Monte Mabu está sob ameaça devido ao crescimento da economia do país, uso da madeira como combustível alternativo ou prática da agricultura.
“Não podemos dizer que já descobrimos todas as áreas de biodiversidade do planeta. Ainda existem algumas por descobrir e tal ajuda a identificar novas espécies para permitir que o público conheça os novos factos”, disse ele.
In AIM
Why the CofE and other big institutions still fail to protect children from
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to react
1 hour ago
1 comment:
Bem perto de onde vivi até aos 14 anos, em 1975 e nunca ouvi falar.
Estou impressionado!
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