Esta carta foi enviada a mim e ao Antonio Cipriano na sequencia de uma discussao levantada pela publicacao de um artigo sobre educacao no ambito da celebracao dos 60 anos da Declaracao Universal dos Direitos Humanos no blogue do Josue Bila, e no Mozucas, uma rede de mocambicanos residentes no Brasil.
Caros Compatriotas Manuel Araujo e António Cipriano (Ciprix)
A discussão que se levanta, chama atenção a quem está de coração e alma envolvido na problemática de Educação. A análise que o Cipriano faz me levar a partir de um ponto que acho crucial para reflectir a respeito da responsabilidade do Estado na educação dos cidadãos. Na verdade, não basta ratificar tratados e nem falar do direito do cidadão na educação em Moçambique. É importante reflectir sobre como os acordos e tratados são materializados.
Em Moçambique existem indivíduos e organizações que reivindicam apropriar-se dos cidadãos, porque foram eles que lhes deram educação formal. O pior é que algumas organizações ou trabalham para o estado ou fazem parte do estado (instituição colectiva que congrega todos os cidadãos independentemente da sua origem social, económica e poliítica). A confusão que essas organizações fazem, instrumentaliza a população menos esclarecida, que acaba assumindo como verdadeira a sentença de que tudo o que cada cidadão tem é fruto da sua organização e não do estado ou governo.
Acredito que a individualização do dever de educar os cidadãos vem daí. Na minha opinião pessoal acho uma besteira um intelectual não saber distinguir organização não governamental e/ou Politica do estado. Como parte do estado os cidadãos participam na promoção da educação e dela se beneficiam directa ou indirectamente, mas a responsabilidade é do estado, que deve garantir espaço e condições materiais e humanas para o exercício do acto de educar. As organizações que apoiam a educação, não devem generalizar tal apoio chamando para si as glórias que a educação em Moçambique já teve ou tem.
As organizações políticas devem deixar de reivindicar para si os ganhos que a educação tem no país, porque todo o cuidadão participa na educação. Os recursos que são utilizados para o desenvolvimento da actividade vem dos impostos dos cidadãos e não apenas das organizações políticas.
Deveria-se proibir o uso abusivo do temos Graças a ...que os cidadãos estudaram. Se fosse no tempo em que a organização política era proprietária do estado essa sentença tinha razão de ser. Mas na fase em que nos encontramos, não se pode admitir de jeito nenhum. Peço encarecidamente que o Dr Manuel Araújo coloque estas inquietação tanto na sua banca como na assembleia para que os eqívocos sejam corrigidos. Não imaginam meus caros compatriotas quantos moçambicanos sofrem por ter se beneficiado do seu legítimo direito (educação)??.
Aqui está o problema que precisa ser resolvido para que as futuras gerações possam respirar.
Tenho dito
Prof. Dr. Tadeliwa
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5 hours ago
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