INDIA-PAQUISTÃO TENSÃO AUMENTA
Será guerra a vista?
De acordo com algumas fontes de entidades ligadas a segurança ou serviços secretos do Paquistão, citados pela AP há entre 1 em 3 possibilidades de termos guerra.
De momento há militares que se encontravam na fronteira com o Paquistão sendo desdobrados para a fronteira com a Índia.
Depois dos acontecimentos trágicos de Mumbai tem se multiplicado acusações entre os dois países sobre a origem dos militantes islâmicos que desencadearam o ataque.
São dois países possuidores de armas nucleares que se estão confrontando verbalmente. São dois países que desde 1947 tiveram entre si três guerras.
Os EUA, encabeçam esforços da NATO para conter uma rebelião dos talibans no Afeganistão e para isso contam com o apoio das autoridades de Islamabad. Por outro lado os EUA numa ofensiva diplomática sem precedentes, aliaram-se também a Índia tudo com vista a conter a proliferação nuclear na área.
A intervenção dos Estados Unidos da América naquela região do mundo acontece depois do fatídico 11 de Setembro. A legitimidade de procurar pelos terroristas que atacaram os EUA não pode ser negada a este país. Já a metodologia e abordagem escolhida pela administração Bush pode ser questionada.
Um dos pontos que urge questionar é se a abordagem unilateral de Bush tem surtido os efeitos pretendidos. Mesmo levando atrás de si contigentes da NATO está claro que são os EUA que comandam as operações e que determinam os alvos a atingir.
Nestes esfgorços e de uma maneira programada os outros membros do Conselho de Segurança que poderiam prestar valiosos inputs ao processo de luta contra o terrorismo internacional tem sido relegados a posição de espectadores. Estamos falando da China e da Rússia. Se para estes dois países a acção americana as vezes choca com suas áreas de influência tradicional, isso não deixa de colocar na mesa as possibilidade que estes dois países e outros da região, estarem interessados num papel mais activo.
Na definição de terrorismo abundam teorias e causas. Mas isso não significa que uma acção unilateral seja a melhor escolha.
Parece que o governo americano tem uma definição de terrorismo consoante este lhe afecte. A globalização das acções terroristas não está encontrando uma interpretação do fenómeno que corresponda ao modo efectivo de actuação dos diversos grupos que se dedicam a esta actividade. Quando algo acontece em Madrid ou em Londres a imprensa internacional não tarda a destacar os factos. Quando piratas do mar atacam barcos ocidentais com mercadorias ou turistas o mesmo recebe atenção especial. Mas quando há um golpe de estado na Mauritânia ou na Guiné-Conacry isso recebe uma atenção marginal. Esta incapacidade de olhar para os assuntos de maneira global e ver neles uma estratégia em progressão pode estar inquinando os esforços de controlar algo que já se transformou numa praga internacional e que alterou a maneira como as pessoas viviam e viajavam.
Se a administração de Bush se despedir do poder com uma guerra entre a Índia e o Paquistão isso vai acarretar prejuízos internacionais enormes numa altura de crise financeira global. A corrida aos armamentos será outra das consequências. Com o envolvimento militar haverá uma tendência de de concentrar a atenção num novo palco operacional e em consequência disso recursos já escassos, terão que ser desviados de outras frentes consideradas importantes no combate ao terrorismo internacional.
Os estrategas internacionais ligados as potências parece que tardam em aprender que não se pode disassociar assuntos que estão intrinsecamente ligados. O recrutamento de agentes do terrorismo internacional faz-se em todo o mundo. Desde que existam condições de ganhar aderentes os mentores do etrrorismo não hesitam em recrutar. Os dinheiros que financiam as suas actividades, as armas, explosivos tem alguma proveniência. Os países colocados na lista negra da administração Bush não devem estar sossegados sem reagir e que melhor meio do que abastecer os terroristas e dar-lhes guarida?
Decerto que a Rússia e a China possuem meios de inteligência e algum conhecimento bem como experiência no combate a situações de terrorismo. Decerto que os seus contactos com a Índia e o Paquistão seriam um valor acrescentado para dissuadir as partes para não enveredarem no sentido da confrontação militar.
O que a Índia possa usar como argumento para uma guerra contra o Paquistão são os militantes islâmicos que no passado receberam apoio logístico dos serviços de inteligência do Paquistão. Só que um confronto entre os dois vai mudar a estrutura do poder no Paquistão o que não beneficiaria a relação entre estes dois vizinhos. Todas as cautelas tem de ser tomadas e as potências, nomeadamente as que fazem parte do Conselho de Segurança da ONU tem de avaliar a situação no quadro de todas as suas implicações. Alguém com tendências belicistas pode tomar o poder no Paquistão e aproveitar o facto deste ser possuidor de armas nuclerares e lançar uma ataque fatal. Se os pilotos paquistaneses já dormem fardados e com botas calçadas, se estão em ponto de defesa ou alerta máximo, se há desdobramento de forças em direcção fronteira com a Índia, o assunto é demasiado sério para ser ignorado.
Do mesmo modo já é altura dos que se dizem estrategas e decisores de políticas no quadro de seus países entenderem que não se pode continuar a equacionar este assunto de conflitos, terrorismo, guerras em função de proximidade geográfica, rotas de matérias-primas estratégicas ou outros interesses nacionais.
O terrorismo se alguma coisa fez para além de trazer instabilidade internacional foi mostrar que vivemos de facto uma aldeia global e que o que afecta uns acaba afectando todos. Ninguém está imune aos efeitos do terrorismo internacional.
Então nada mais lógico que integrar cada vez mais governos no seu combate.
Os EUA não podem continuar pretendendo que podem policiar o mundo sem a intrvenção dos outros.
Pedir prudência à Índia e ao Paquistão é dever e obrigação de todos. Que os mortos de Mumbai descansem em paz e que não sejam a razão para a escalada da violência.
Os culpados dos ataques devem ser procurados e responsabilizados através de uma cooperacção aberta e sem subterfúgios.
O mundo não se pode dar ao luxo de permitir a erupção de um conflito militar entre países que possuem armas nucleraes.
Noé Nhantumbo
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