JOVENS ETNIAS E O FUTURO DE MOCAMBIQUE!
As relações sociais entre os homens nesta terra sempre tiveram, têm e terão algum cunho de afinidades previas, havendo preferencias sobre aquele(s) com quem se comungam algumas caracteristicas. A lingua, a etnia, a região de origem, a raça, a religião, os ideais e objectivos comuns estão entre os principais criterios para que dois seres humanos possam estabelecer um relacionamento mais próximo, entre os quais, e dependendo das circunstancias e conveniencias do momento há alguns que se tornam mais importantes que os outros. O ambiente (leia-se: a cultura) em que um certo individuo cresce e/ou vive acaba por moldar o seu “modus vivendi e modus operandi”, bem como a sua maneira de interpretar os fenomenos sociais (e não só) a sua volta. Moçambique, este pedaço de terra situado no sul da costa oriental africana é constituido por várias etnias e mais de duas dezenas de linguas bantu, revelando assim um mosaico cultural bastante diversificado, portanto carregando consigo algumas diferenças no tal “mudus vivendi e modus operandi”, contudo, encontra-se unido num só país resultante do esquartejamento feito pelos colonos na conferência de Berlim em 1884/1885.
Este pequeno intróito vem a proposito daquilo que pode ser a perpetuação da tendencia ao divisionismo baseado em questões etnicas, regionalistas, etc, no seio da população moçambicana, em particular na população jovem. Digo jovem porquê? Digo jovem porque após tantas crispações desta de índole étnica e racial que caracteriza(ra)m a população moçambicana actual, muito por culpa dos adultos de hoje, cabe aos jovens de hoje, (“elite decisória num futuro breve”) inverter este cenário, no sentido de construir uma nação moçambicana no verdadeiro sentido da expressão e não apenas um conjunto de territorios com uma administração comum. Temos, nós os jovens de hoje que construir uma nação na qual as relações sociais, principalmente as estaduais são definidas por ideais comuns e espirito de concordia e tolerância reciprocas. Para que todos o moçambicanos independentemente da sua raça, origem étnica, ou religião possam sentir o orgulho de serem filhos de moçambique e não enteados em solo pátrio.
A historia de moçambique, seja ela “oficial” ou não, traz consigo um fardo pesado para os jovens, dificil de gerir para uns e de digerir para outros, mas neste solo pátrio houve e ainda há bons exemplos em matéria de perdão e tolerância (quais são?!...), daí que há necessidade (obrigatoria) de revisitar a historia deste jovem país sob risco de voltar a cair nas mesmas armadilhas (tristes!) do passado pois como dizia o George santayana: “os que não podem recordar do passdo estão condenados a repeti-lo”. Esta é uma das tarefas que a historia reservou para esta juventude de hoje, uma tarefa árdua que precisa de alguma coragem, pois implica uma séria introspecção e rotura com alguns hábitos instituidos, mas é preciso compreender que se esta tarefa não necessitasse de coragem, isto é, se fosse fácil, não seria digna de registo historico!
Atenção meus irmãos, corremos o risco de deixar um legado vergonhoso para as gerações vindouras, corremos o risco de hipotecarmos as nossas consciencias perante o país do porvir, corremos o risco de ficar cabisbaixos perante questões dos nossos futuros filhos e netos quando nos perguntarem: <
Moçambique precisa de todos os seus filhos! Moçambique precisa de todos os jovens unidos e não divididos!
“A união faz a força!”
Por: Henriques Viola
Maputo, Novembro de 2008
'I fought for years to correct my dad's death certificate - but still
haven't buried him'
-
Families tell of their lost loved ones as a new film stirs up memories of
Brazil under military rule.
1 hour ago
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