Ainda sobre a exportação da madeira em toro
Situação dos empregados dos exportadores não é agradável
Nampula (Canal de Moçambique) – A situação dos trabalhadores das empresas que se dedicam à exportação da madeira através do porto de Nacala, na província de Nampula, não é das melhores. Eles clamam por tratamento condigno e humano por parte dos seus patrões, sobretudo os chineses.
Trabalhadores de muitas firmas e concessões dizem serem vítimas de maus tratos e que quando tentam reclamar são expulsos das suas funções. Para evitar ficar sem trabalho, os operários dizem que nada podem e nem sabem a quem recorrer, porque sempre que tentam fazer algo para se defenderem os patrões são os que ganham as causas em tribunal, tudo porque eles podem pagar e assim as instituições de justiça se pautam para por ponto final nos processos.
Muitos dos trabalhadores em questão falaram ao Canal Moçambique. “Imagine que em muitas das situações nós é que vamos ao encontro dos operadores nacionais para negociar o produto e o patrão apenas fica em Nacala à espera do mesmo, mas quando chegamos somos mal tratados” – conta um deles, para depois rematar: “Eles nos acusam de os roubarmos, o que não é verdade, porque eles sabem que nos mandam no mato com muito dinheiro para conseguir passar por tudo e todos com madeira da primeira classe, com destaque para Mondzo que eles sabem muito bem que a sua exportação em toro é proibida”.
“Eles se esquecem que nós arriscamos nossas vidas para eles ficarem muito mais ricos. Só veja: quando eles entram aqui em Moçambique são muito pobres, mas passado algum tempo ficam muito ricos e nós continuamos na mesma” – desabafa um dos trabalhadores que decidira falar-nos em anonimato para evitar represálias futuras dos patrões e até mesmo evitar perder o emprego.
A dado passo das conversas que tivemos com os vários trabalhadores de muitos dos estaleiros localizados, na sua maioria, nos arredores de Nampula um deles disse-nos: “quando nós tentamos reclamar, os nossos patrões dizem que estamos a perder tempo, porque eles falam que estão bem protegidos com altas figuras do governo e do partido Frelimo, dai que ficamos sem saber a quem recorrer”.
Os trabalhadores denunciaram que em muitos dos casos os patrões gritam com eles. Um trabalhador contou-se que já ouviu um patrão dizer: “Vão queixar onde quiserem porque ninguém nos pode impedir, porque parte dos nossos sócios são antigos combatentes que aqui no vosso pobre país vocês lhes temem”.
(Aunício da Silva)
'People were flying' after ski lift failed - eyewitness
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At least 30 people have been injured when a ski lift failed in northern
Spain, 17 of them seriously.
1 hour ago
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