LISBOA - O Prêmio Nobel de Literatura José Saramago considera que a chegada de Barack Obama à política americana é uma revolução, em entrevista publicada hoje no "Diário de Notícias" português, antes de sair o resultado das eleições presidenciais.
"É uma revolução tal que, mesmo que Obama perca na última hora, nem assim deixaria de sê-lo, porque, no consciente e inconsciente coletivo e imaginário do americano, isso não tem volta, a não ser que ressuscitem rapidamente o Ku Klux Klan e o coloquem para funcionar em todas as cidades", disse o escritor português.
Saramago destacou que já teria sido uma revolução que o candidato democrata tivesse sido uma mulher - neste caso, Hillary Clinton -, mas, enfatiza, "agora, é um negro e casado com uma negra".
Além disso, desvinculou qualquer relação entre os atentados de 11 de setembro de 2001 e a chegada à Casa Branca de um político afro-americano.
Sobre sua idéia dos Estados Unidos, reconheceu que não é um país que lhe atraia de maneira especial, e disse que existem várias "Américas", que entendem a vida de forma muito diferente.
O escritor português afirmou também que, depois dos atentados terroristas de Nova York, a atuação da Polícia americana nas fronteiras passou a ser "de autêntica inquisição", razão pela qual não voltou ao país americano.
Archbishop to call for actions rather than words
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The Archbishop of York, Stephen Cottrell, will effectively take over as
leader of the Church of England next month.
58 minutes ago
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