Após vitória de Obama, Ku Klux Klan diz que presidente eleito é "só metade negro"
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O pastor protestante e diretor da Ku Klux Klan, Thomas Robb, declarou após a vitória democrata na corrida à Casa Branca que o presidente eleito dos EUA é "só metade negro". A KKK é a associação racista mais famosa do planeta, identificada historicamente por seus capuzes brancos, cruzes incandescentes e crimes raciais.
Em um texto publicado no site do grupo supremacista branco, Robb afirma que "Barack Obama se tornou o primeiro presidente mulato dos Estados Unidos", e não negro, já que "ele não foi criado em um ambiente negro". "Ele foi criado por sua mãe [branca]", argumenta, na nota intitulada "América, nossa nação está sob julgamento de Deus!".
Robb interpreta que, com a eleição de Obama, o "povo branco" dos EUA vai perceber que é hora de se unir contra aqueles que odeiam seu modo de vida --estrangeiros e negros, de acordo com a KKK. "Essa eleição de Obama nos chocou? Nem um pouco! Nós vinhamos avisando ao nosso povo que, a menos que os brancos se juntassem, seria exatamente isso que aconteceria" , incitou.
Para ele, a votação do última terça-feira (4) não foi uma disputa entre liberais e conservadores, mas "uma guerra racial e cultural, travada contra o povo branco".
Embora já tenha passado por várias "refundações", a KKK foi criada originalmente na segunda metade do século 19, após a Guerra Civil Americana (1861-1865), que pôs fim à escravidão no país. A facção foi erguida com fins de, entre outros, impedir a integração social dos negros recém-libertos.
Durante a campanha eleitoral deste ano, a polícia de Michigan chegou a abrir investigação para apurar a autoria de pichações em um outdoor da campanha de Obama. As ofensas, com suásticas e símbolos da KKK, foram feitas no mês passado.
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