Wednesday, 1 October 2008

A OPINIAO DE EDWIN HOUNNOU

A expulsão da Renamo de Daviz Simango - estrela da governação municipal - foi, na minha opinião, mais é um erro grave, é sinal de muita fraqueza no seio do partido de Afonso Dhlakama. Tenho chamado a Renamo para encontrar uma outra maneira de resolver os seus problemas, evitar, por todos os meios, recorrer a fórmulas mágica de aguardar em casa, isolar e não chegar à extrema medida de expulsar militantes, como é prática.
Sou por uma Renamo forte e ligada às bases, que não embarca em mentiras de pessoas com agendas ocultas. Gostaria de ver a Renamo disputando, de igual para igual, o
acesso ao poder com o seu adversário, Frelimo, e não perder tempo a gerir guerras intestinais provocadas por intriguistas e fofoqueiros. Se o líder da Renamo tiver, no seu horizonte, a esperança de vir ser governo, é urgente que abandone os métodos
autodestruição e autocrático.
Tem que se mostrar inconformado por aquecer o banco da oposição e dar a mensagem de que tem programa para governar melhor que a Frelimo.
Ser um partido de esperança e não onde os melhores militantes são esmagados e humilhados. Se agir de tal modo, a Renamo vai ser a escolha preferida do povo. Enquanto continuar a infernizar seus militantes, dificilmente será governo. Ninguém confia num partido que se digladia ao invés de planificar vitórias eleitorais,
reorganizando-se.
A Renamo tem que debater ideias, deixar várias correntes de pensamento, fluírem, livremente. Em eleições, em caso de dúvidas, entre um diabo conhecido e outro desconhecido, o povo escolhe o conhecido. As novas gerações não conhecem o colonialismo nem viveram os terrores do comunismo. Precisam de uma nova
mensagem da causa pela qual a Renamo diz se bater. Quando se apercebem de que na Renamo não há espaço para se afirmarem, apartam-se que nem o diabo foge da cruz.
A expulsão de Raul Domingos foi horrível. O isolamento sujeito a membros
proeminentes que poderiam dar um contributo significativo, tais como Jafar Jafar, Benjamim Pequenino, David Aloni, recentemente falecido, Joaquim Vaz, Chico Francisco, Benjamim Cortês, Raimundo Samuge, etc.,
amedronta aderir a qualquer um. A expulsão, com base em fofocas, de Daviz Simango, consolida a ideia de que a Renamo caiu no abismo. Chama a atenção a qualquer indivíduo que o grupo Mbararano ande colado à polícia e o seu discurso contra Simango seja coincidente com o da Frelimo. Pode-se deduzir que o afastamento
de Simango obedeceu a uma agenda estranha à Renamo. É contra os interesses dos beirenses.
Manuel Tomé, chefe da bancada parlamentar da Frelimo, por diversas vezes, disse que a representação parlamentar da Renamo corre o risco de ser reduzida para metade, na
próxima legislatura, devido à forma como a perdiz não faz política. Nas próximas eleições, certificar-nos-emos desta previsão. A democracia anima quando há Igualdade. Agora, o desequilíbrio com tendência a aumentar.
Meus avisos ao líder da Renamo para mudar de postura, nunca faltaram.

2 comments:

Reflectindo said...

Acho que não é mais necessário dizer as coisas em forma de conselho, pois que ele nunca escutará. Procuremos esclarecer aos jovens o significado da democracia. Também já não concordo que Afonso Dhlakama aja por fofocas. Não é Dhlakama que segue as ordens de Mbararano, mas este último às ordens do primeiro.

Matusse said...

Torna-se difícil comentar acerca da RENAMO(Dhlakama) porque ou este não lê ou os seus acessores não lhe mostram nada. A renaMO está a deriva o que lhe resta é Mo de Moçambique de resistência nacional já não tem nada. Está a perder quadros sonantes na arena política nacional.Com que quadros quer contar? Está a se esquevcer dos préstimso destes nas últimas eleições? Eu acredito que Dlhakama como sabe que vai perder e depois de perder terá que ser substituído por alguém - de sua preferência um desses generais seus - Duros e incompetentes como ele, sabota os quadros que ariscaram suas carreiras profissionais por uma causa que já deixou de ser... ~E penoso. Agora acredito que nenhum quadro pode se filiar a uma palhaçada destas..