NA UEM: TESES SAO SUB-APROVEITADAS

(Maputo) Um grande potencial ideológico, em forma de teses de estudantes finalistas, encontra-se subaproveitado na Universidade Eduardo Mondlane (UEM). É que, muitos trabalhos de licenciatura feitos naquele que é o maior e mais antigo estabelecimento de ensino superior público no País, foram elaborados com base em problemas
concretos que continuam a preocupar milhares de moçambicanos.
As teses existentes oferecem respostas claras e práticas de como se podem ultrapassar algumas si-tuações concretas, disse o vice-reitor Académico da Universidade Eduardo Mondlane, Orlando Quilambo. Esta realidade é por culpa
do próprio ambiente nacional que, segundo Quilambo, ainda não considera a universidade como centro de busca de soluções para Descritas em teses da Universidade Eduardo Mondlane Soluções para resolver problemas não são aproveitadas
- Queixa-se o Vice Reitor, Orlando Quilambo, que revela um programa para a
aplicação do conhecimento existente sobre os problemas do dia a dia.

É na tentativa de encontrar formas de garantir o aproveitamento cabal do potencial ideológico existente que a Universidade Eduardo Mondlane está a fazer a compilação das melhores teses que serão expostas para os interessados que querem resolver
problemas concretos.
“Temos sido pouco agressivos, porque o ambiente nacional, também, ainda não reconhece que a universidade é um centro onde se podem encontrar respostas
a muitas perguntas. Nos países em que isso (universidade como centro de
respostas a preocupações concretas) já foi reconhecido não precisaríamos de
fazer este esforço, porque são as próprias empresas que vão à universidade exigir
soluções concretas” – explicou Orlando Quilambo.
A identificação e aproveitamento do acervo ideológico, em forma de teses, poderá estar concluída até finais de Dezembro próximo.
“Penso que até ao final do ano vamos conseguir fazer isso. O trabalho é muito grande e temos que estabelecer um horizonte temporal razoavelmenterecente.
Os trabalhos de licenciatura fazem-se desde muito tempo, mas nós não podemos ir até lá. Mas se conseguirmos resgatar os dos últimos 5 anos já seria muito bom. Os mais relevantes, claro” – precisou Quilambo. Para responder a questões legais, os autores das teses serão informados sobre a selecção
dos seus trabalhos.(F. Mbanze)