Época agrícola 2008/09: Produção de cereais vai subir 17 por cento
A PRODUÇÃO de cereais no nosso país, na campanha agrícola 2008/09, poderá atingir as 2.6 milhões toneladas, contra as 2.3 da última safra. A produção esperada corresponde a um incremento de 17 por cento em relação à última campanha agrícola. O Presidente da Republica, Armando Guebuza, que presidiu ontem, em Nicoadala, na Zambézia, às cerimónias centrais do lançamento da época agrícola 2008/09, apelou aos produtores que assumam a crise mundial de alimentos como uma oportunidade para o aumento da produção e produtividade agrária, no contexto da política governamental de “revolução verde2. Segundo Guebuza, o Governo concebeu o Plano de Acção de Produção de Alimentos, que visa operacionalizar a “revolução verde”, dando a cada um dos 128 distritos a oportunidade de se concentrarem em culturas em que tragam vantagens comparativas.Maputo, Sábado, 25 de Outubro de 2008:: Notícias
Entretanto, três associações de produtores agrícolas do distrito de Nicoadala receberam igual número de tractores e respectivas alfaias e dez bovinos para tracção animal, por forma a responderem ao desafio de aumentarem a produção e produtividade. Além disso, o Presidente da República entregou duas motos para os extensionistas rurais poderem deslocar-se no campo no seu trabalho de transferir tecnologias agrícolas aos produtores.
O maior desafio do Governo é o de reduzir, nas próximas três campanhas agrícolas, a dependência das importações de oleaginosas, frango e pescado, nomeadamente. O distrito de Nicoadala irá contribuir nesse esforço com 39 mil toneladas de arroz.
Entretanto, dados em nosso poder indicam que as previsões para campanha são boas. Nas leguminosas (feijões e amendoim), por exemplo, a produção deverá atingir 411 mil toneladas, um crescimento de sete por cento em relação à campanha passada, em que se alcançaram 383 mil toneladas. Na mandioca prevê-se também um crescimento de sete por cento, atingindo uma produção de 9576 mil toneladas, contra as anteriores 8482.
Quanto à batata-reno, espera-se uma produção de 81 mil toneladas, representando um crescimento de 2.5 por cento.
O Chefe do Estado apelou aos agricultores para produzirem alimentos para o consumo, matéria-prima para a indústria e produtos para a exportação. Saudou a mulher rural, uma interveniente-chave no processo de produção de comida. “A fome é uma das manifestações mais cruéis da pobreza e um dos obstáculos à libertação de energia e iniciativas para o desenvolvimento social e económico da nossa pátria”, disse.
Entretanto, o governador da Zambézia, Carvalho Muária, afirmou que a província tem vindo a lograr bons resultados nas últimas campanhas agrícolas, pese embora as situações de calamidades.
Por sua vez, a representante da FAO em Moçambique, Maria José Zimmerman, afirmou que a política de “revolução verde” é uma escola acertada para resolver o problema da pobreza. Para ela, as mudanças climáticas afectam mais as pessoas pobres, que dependem do meio ambiente para produzir comida.
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Saturday, 25 October 2008
GUEBUZA NA ZAMBEZIA
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