Traficantes de droga com estatuto diplomático (3)
Negligência das autoridades moçambicanas ou estado capturado?
Luís Nhachote
O narcotráfico “diplomático”, tem Moçambique no seu roteiro, com indícios de branqueamento de capitais. No curso das investigações jornalísticas que o ZAMBEZE está a levar a cabo, diante do ensurdecedor silêncio e indiferença das autoridades, a preocupação que sobreleva é que o nosso Estado tenha sido capturado. Carlos Cardoso, já há muito falava da gangsterização do Estado, e essa tese nunca rebatida, se ainda não se confirma totalmente, começa pelo menos a preocupar seriamente vários quadrantes e os indícios são fortes.
Durante os dias em que estivemos com Steven Russul, em Joanesburgo, o ex-agente da «Scorpions» e colaborador da «Scotland Yard», disse acreditar que Moçambique seja o maior corredor de drogas da região austral, a seguir à Guiné-Bissau, país localizado na África central, e que em comum com o nosso país tem o idioma de Camões, por ambos terem sido colónias de Portugal.
A Guiné-Bissau, de acordo com vários relatórios de organizações especializadas, é tida como um dos maiores trampolins de droga de África para a Europa.
Hoje o ZAMBEZE trás à luz do dia, o retracto do “diplomata” Mohamed Salim Jussub e os seus interesses empresariais, revestidos no poderoso grupo AFRIN, representados pelos seus colaboradores.
Diplomata Salim Jussub preso na África do Sul em 2000
O actual cônsul honorário das Seicheles em Portugal, Mohamed Salim Jussub, foi detido em flagrante delito do dia 15 de Agosto de 2000, na cidade de Joanesburgo, África do Sul, na posse de 4,5 toneladas de «mandrax» a maior apreensão de drogas feita naquele país da SADC. Um outro relatório da Interpol, na posse deste semanário, conta-nos como foi esta apreensão.
Tudo começou em 2000 quando a brigada especial e já extinta unidade sul-africana «Scorpions», mandara especialistas do departamento de drogas, à capital moçambicana para investigar a vida de Umar Surathia (ou Omar da «Miami Fashion House»), quando este acabava de regressar da prisão depois de ter estado muito tempo na Índia (NR: ver artigo na semana antepassada).
Segundo declarações do agente da antiga «Scorpions», Steven Russel, aquela unidade preocupada com o narcotráfico transnacional – da tríade Moçambique, África do Sul e Swazilândia – não estava a conseguir elementos comprovativos de que Umar Surathia ainda continuava activo no narcotráfico de «mandrax».
“Isto fazia sentido, ele acabava de sair da prisão e tinha que se manter discreto”, disse Russel ao ZAMBEZE.
Porém, segundo Russel, a Interpol e a «Scorpions», já tinham estabelecido, numa investigação, as conexões entre Umar Surathia (NR: Ex cônsul honorário da Libéria em Maputo e actualmente cônsul das Sychelles) e Mohamed Salim Jussub (actualmente cônsul honorário das Syechells em Portugal) e as mesmas concluíram que ambos estavam em permanente contacto. Segundo se refere no documento em poder deste semanário e subscrito pelas duas polícias, Mohamed Jussub é que estava a tratar dos «bussiness» de Umar Surathia, quando este estava preso, na cadeia de Madras, na Índia. O explosivo relatório a que este semanário teve acesso, em Joanesburgo, detalha as ligações telefónicas entre Umar Surathia e Mohamed Jussub, estabelecidas no período compreendido entre Junho e Julho de 2000, isto é, dias antes de Salim Jussub, ser preso em flagrante delito, ou como sói dizer-se, “com a boca na botija”.
Na referida investigação, se indica, de forma clara e transparente, que “Jussub andava em contactos permanentes com os seus comparsas de nacionalidade portuguesa, residentes na África do Sul e outro de nacionalidade sul-africana. Nesses contactos se indicava que um contentor de malas vindo da Indonésia iria desembarcar na África do Sul”, facto, segundo que segundo se descreve adiante, que veio a acontecer, confirmando-se as suspeitas que até aí pairavam. Os donos da droga, segundo o documento, eram Umar Surathia a Salim Jussub, nada mais, e nada menos que os actuais cônsules honorários das Syechelles em Moçambique e Portugal, respectivamente.
A apreensão de drogas
Os factos:
No dia 15 de Agosto de 2000, a policia sul-africana e a «Scorpions», detiveram seis indivíduos em flagrante delito, nomeadamente, Victor Foley (residente em Capetown park), Fernando Manuel Lima Rodrigues Branco e sua esposa Anabela Ferreira Branco (residentes em Edem Valey), Robb Ferreira (residente em Joanesburgo), Oosthius (Joanesburgo) e Mohamed Salim Jussub (com residência em Portugal), sendo este último tido como chefe do cartel.
A droga tinha sido desembarcada em Port Elizabeth e após o desalfagadamento (diga-se controlado pela policia), ela foi transportada via terrestre e armazenada numa terminal de contentores em City Deep, um bairro localizado nos arredores de Joanesburgo. A droga apreendida, concluiu-se após a pesagem que tinha cerca de 4.500 quilos, ou melhor 4,5 toneladas. A mesma vinha da Indonésia. Mas de acordo com as fontes da polícia sul-africana tudo indicava que a mesma tinha sido fabricada no Afeganistão.
O sexteto de indivíduos detidos, foi considerado “Gang Pappas”, devido à astúcia na movimentação do «Mandrax».
A droga vinha embalada em 79 malas, disfarçadas entre outras 300 que se encontravam vazias no contentor. Cada mala pesava cerca de 63 quilos.
O preço da mercadoria
De acordo com as fontes das policiais e procuradorias sul-africanas e swazi, (desapontadas com as suas congéneres da PRM-Polícia da República de Moçambique e PGR-Procuradoria da República de Moçambique), a mercadoria apreendida estava avaliada na altura (no ano 2000), a preços por atacado, em 200 milhões de rands e, a retalho em 300 milhões de rands. Ao câmbio da altura isto equivalia a cerca 50 milhões de dólares americanos ($US 50.000.000,00).
16 de Agosto de 2000
Neste dia, o então ministro da justiça sul-africano, Penuel Maduna, convocou uma conferência de imprensa, onde em declarações considerou aquela apreensão como a maior “efectuada no nosso país”. Maduna, considerou que aquela apreensão entrava nos anais da história da África do Sul e que para eles constituía “um duro golpe nos barões da droga e em todos os tipos de marginais que matam as nossas crianças”. Adiantou ainda que “os detidos deviam ser torturados e enforcados em praça pública para outros terem medo de se meterem no narcotráfico. Estes cidadãos marginais que saem dos seus países e vem ao nosso pais para matarem as nossas crianças…”
17 de Agosto de 2000
Dos seis detidos, apenas cinco indivíduos relacionados com a apreensão das 4.500 quilos de «mandrax», foram presentes ao juiz de instrução. Salim Jussub não se fez presente neste dia. Apenas no dia seguinte dia em que finalmente viu legalizada a sua prisão. Do sexteto, apenas um não viu legalizada a sua prisão. No entender de Russel, Salim Jussub, não se fez presente nesta audiência, por uma questão estratégica. “Talvez Salim Jussub quisesse saber o que os seus comparsas teriam dito ao juiz de instrução”. No dia seguinte, o actual cônsul honorário de Portugal, e o seu advogado, Du Plessie, foram presentes ao juiz e a prisão foi legalizada, o advogado deste tentou a todo custo que o seu cliente fosse caucionado, mas o juiz de instrução indeferiu o pedido. Os arguidos recusaram a sua cumplicidade na transacção, mas os elementos disponíveis nas mãos do juiz de instrução, eram por demais suficientes para os mandar para o lugar aonde ficam geralmente indivíduos cujo comportamento social é punido.
Setembro de 2000
O Ministério Público sul-africano, acusou-os como traficantes de droga e Salim Jussub como chefe de cartel. Pesavam ainda sobre ele acusações de intimidações e suborno aos co-réus, e ainda tentativas de suborno aos agentes que o detiveram.
O processo foi remetido ao tribunal da magistratura de Joanesburgo. O ZAMBEZE apurou que no interrogatório a Salim Jussub, foi-lhe perguntado que tipo de relações tinha, primeiro, com Osama Bin Ladem, segundo, que ligações tinha com Umar Surathia, terceiro, o que tinha a dizer sobre os atentados bombistas, em 1998, às embaixadas dos Estados Unidos da América, no Quénia e na Tanzânia; quarto, quanto dinheiro da droga tem financiado a Al-Quaeda; quinto, que relações tinha com Victor Folie, Fernando Branco, Isabel Ferreira Branco, co-arguidos no mesmo processo e atrás melhor identificados; sexto, que relações tem com o senhor Daude Ibraimo – um bombista procurado pela policia indiana; e, finalmente, o que tem a dizer sobre a droga apreendida.
Salim Jussub refutou todas as acusações. O juiz então fez uma acareação entre Salim Jussb e os outros co-arguidos que já haviam prestado depoimentos.
Fernando Branco e sua esposa confessaram que eles é que trataram da documentação e desalfagadamento do contentor em Port Elizabeth, até aos armazéns de City Deep. Diante de Salim Jussub, aquele casal, disse que este lhe teria prometido “um negócio e uma casa num país à sua escolha” caso ele não testemunhasse contra ele. Adiantou que Jussub lhe daria ainda 2 milhões de randes em «cash». Fernando Manuel Lima Rodrigues Branco disse na mesma acareação que Jussub lhe dissera que se “algo acontecesse ao contentor” ele iria matá-lo.
Branco prestou, nessa acareação, um testemunho ajuramentado que serviu os propósitos da procuradoria sul-africana, então escandalizada com as enormes quantidades de «mandrax» apreendidas.
6 milhões de rands para comprar o silêncio
O casal Fernando Manuel Lima Rodrigues Branco e sua esposa Anabela Ferreira Branco (residentes em Edem Valey) disseram que após a prisão de Salim Jussub, este teria oferecido 6 milhões de rands para ser dividido por três pessoas “para nos mantermos calados”, pois alegaram, que se mantivessem o silêncio, o juiz de instrução lhe concederia - a Salim Jussub - , liberdade sob fiança
As desculpas de Salim Jussub
Depois da acareação entre aqueles, refere a fonte do ZAMBEZE, Jussub veio a confessar que estava à espera de um contentor vindo da Indonésia, mas que, alegou, não sabia que o mesmo vinha com drogas. O arguido Salim Jussub disse ainda que um amigo de Dubai lhe tinha pedido ajuda para desalfandegar um contentor e ele procurou Fernando Branco “por ser um especialista no sector” de desalfandegamento de mercadorias diversas.
Ligações com Al-Quaeda
Steven Russel disse que a polícia sul-africana estava convicta que Umar Surathia tinha ligações com a organização Al-Quaeda e que os ataques bombistas nas embaixadas da América na Tanzânia e no Quénia foram financiados por contrabandistas de drogas.
Russel acrescentou ainda que em 2000, a policia sul-africana tinha informações de que as embaixadas dos Estados Unidos da América em Moçambique e na África do Sul, poderiam ser alvos de atentados, financiados pelo narcotráfico. Russel acredita que houve uma fuga de informação e a operação foi cancelada. “Mas infelizmente Salim Jussub não colaborou”, afirmou.
2 milhões de U$D para a libertação
Steven Russel disse ao ZAMBEZE que, 11 meses de ter estado detido, em Junho de 2001, ele voltou à liberdade mediante caução. Hoje é o actual cônsul honorário das Syschelles em Portugal,
“A missão da polícia é prender as pessoas com provas e remeter os processos aos tribunais. Quem dará o destino aos réus, é o juiz”.
Russel acredita que Salim Jussub tenha pago 2 milhões de dólares aos juízes para conseguir ser caucionado, o que veio acontecer 11 meses depois. Ele foi caucionado por 300 mil randes. Victor Folie por 200 mil, e outros seus comparsas foram caucionados por 100 mil.
“Isto trouxe muita decepção ao seu seio da nossa equipa, porque nós prendemo-los em flagrante delito”. “Aqui na África”, desabafou Russel, “o dinheiro fala mais alto”.
Grupo AFRIN: Um império que emerge no grande Maputo
Nos últimos anos, emerge, na capital moçambicana, o grupo AFRIN. Até finais de 2006, Mohamed Salim Jussub e a sua esposa Mariano Abdul Habib fizeram vários investimentos na área de imobiliária em Moçambique e Portugal. Outros fizeram em Portugal concretamente nos lares de terceira idade. E em Moçambique, este casal é representado pelos seus sócios, nomeadamente Mohamed Rafic Satar, Mohamed Khalid Ayoob e Omar Faruk Ayoob, sendo estes últimos dois irmãos, conhecidos como proprietários da «Ayoob Comercial», loja que se dedica à venda de brinquedos, localizada na Albert Lithuli. De acordo com Steven Russel, estes três últimos indivíduos são as capas de Salim Jussub.
O Zambeze apurou ainda de Steven Russel que este grupo adquiriu recentemente vários hotéis, nomeadamente o Hotel Karibu, próximo do Helena Park, zona do Bairro do Triunfo, presentemente em obras; o Hotel Monte Carlo, na Av. Patrica Lumumba; o Hotel Terminus, na Av. Francisco Orlando Magumbwe; e o Hotel Santa Cruz, no cruzamento da 24 de Julho com a Amílcar Cabral. Por último este grupo está a construir de raiz o Hotel AFRIN, avaliado em 4 milhões de USD.
De acordo com Stevem Russel, este último hotel é representado por Jussub e sua esposa e os restantes hotéis estão sendo representados por Mohamed Rafic Satar e Mohamed Khalid Ayoob e Omar Faruk Ayoob.
O ZAMBEZE está na posse das escrituras públicas e das respectivas publicitações em Boletim da República, dos investimentos deste grupo.
De acordo com Steven o grupo AFRIN além da área de hotelaria e turismo também tem interesses na área de viaturas. Eles também têm um vasto parque de viaturas na avenida Filipe Samuel Magaia, chamado «Car Center».
Preso por trafico de drogas Vs a posse de um milhão de usd
De acordo com a fonte que estamos a citar, o cadastro da família «Ayoob Comercial» no tráfico de drogas, remonta aos anos noventa quando um dos seus irmãos, cunhado e colaborador, estiveram presos por tráfico de drogas em Portugal. Quisemos perceber os nomes deles e a fonte disse-nos tratar-se de Maqsud Ayoob, seu cunhado Mohamed Anif e Rafic Suleimane, seu colaborador activo. Informou-nos também que todos eles estiveram presos em Portugal.
Também em 2002, já esteve preso um dos irmãos da «Ayoob Comercial» na posse de um milhão de dólares no Aeroporto Internacional de Mavalane, conforme relatórios da Interpol e da Scotland Yard.
Lavagem de dinheiro
Um especialista em análise de «Money laudring», baseado na África do Sul, disse ao ZAMBEZE que a lavagem de dinheiro em Moçambique, está-se a proceder nas áreas de hotelaria e turismo e compra de imóveis. “Todo o dinheiro que entra no banco é dinheiro limpo, e por via dos hotéis, com os respectivos justificativos, número de quartos e clientes, pelo não há banco que questione”.
Para melhor compreensão deste fenómeno contactámos vários notários que nos disseram que diariamente são comprados por parte de impérios da comunidade asiática cerca de 20 casas por mês na cidade de Maputo.
“Eles aparecem com bilhetes de identidade das esposas, irmãos e familiares” disse uma fonte que aceitou falar na condição de anonimato.
Para Russel, isto “é lavagem de dinheiro, que tem como proveniência o tráfico de drogas”.
“Não é possível um simples comerciante, proprietário de uma tabacaria possuir bens de milhares de dólares”, comenta Steven Russel.
Negócio do dinheiro
No relatório da «Scorpions», adormecido hã anos nas gavetas da Procuradoria Geral da República (PGR), em Moçambique, indica-se que cerca de 4 a 5 milhões de dólares americanos saiam de Moçambique para a África do Sul via terrestre, e no sentido oposto vinham cerca de 10 milhões de rands em «cash» com várias pessoas.
“A nossa equipa já confiscou vário dinheiro vindo de Moçambique para Africa Do Sul. Muitas das pessoas que fazem esse transporte tem comissões de 2% de lucro e esse dinheiro é levado para Dubai, e de lá transferido para várias contas noutros países”.
Steven Russel revelou ainda ao ZAMBEZE que “em 2001, o Federal Bureau of Investigation (FBI), mandou-nos uma lista de cerca de 40 moçambicanos de origem asiática que estavam envolvidos em lavagem de dinheiro”. “Em Novembro mandámos uma carta e estes não nos responderam. Estes nomes desses indivíduos apareceram fechados no FBI, após os atentados de 11de Setembro de 2001. ”
Este semanário apurou entretanto, de fonte da embaixada americana em Maputo, que, de facto, o FBI mandou elementos para Dubai para investigar casas de câmbio e ali foram seladas certas casas.
Da lista do FBI da comunidade asiática moçambicana constam quarenta (40) nomes e um dos cinco primeiros, isto é um dos “top five” é da família Ayoob Comercial.
A apreensão de 1 milhao de usd
“Em 2002 houve uma apreensão de 1 milhão de dólares e investigámos as agências de viagem que trabalhavam com a Emirates e descobrimos que a família «Ayoob Comercial» é uma delas, que num período de três meses teria transportado cerca de 3 milhões de dólares via aérea a partir Maputo, Joanesburgo, para o Dubai.
Fomos nós que fizemos chegar às autoridades moçambicanas a informação de que no tal voo vinha uma mala contendo dinheiro. Estávamos à espera que as autoridades locais não retivessem dinheiro, então nós reteríamos o dinheiro para de seguida detê-lo” disse Russel.
Mas neste caso a policia moçambicana estacionada no Aeroporto de Mavalane, em Maputo, trabalhou em pleno “e a nossa suspeita estava clara que a pessoa detida era uma das 40 pessoas da lista do FBI”
De terço na mão a viagem à cidade santa
Steven Russel, que há duas décadas investiga o narcotráfico diz lamentar que alguns membros das comunidades de origem asiática em Moçambique e na África Sul, andem de terços na mão e fazerem várias viagens num ano às cidades santas na Arábia Saudita, onde visitam templos religiosos e visitam sepulturas dos profetas, quando a sua maior fonte de riqueza é o trafico de droga.
“Lamento muito. A «Scorpions» tem fotos de Umar Surathia, tiradas em 2000, com o terço na mão e também ele a despedir-se de peregrinos que viajavam para a Arábia Saudita. Para este investigador, o tráfico de drogas é condenável em quase todas as religiões, menos aos ateus – pessoas que não acreditam em Deus”.
Dificuldades de ouvir o contraditório
O ZAMBEZE tentou contactar este terça-feira, um dos irmãos da «Ayoob Comercial». Um dos trabalhadores disse-nos que a pessoa certa para falar deste assunto podia ser localizada na «Car Center». A tentativa foi em vão. Mandaram-nos para a Niza, situada na rua dos Irmãos Roby, no Alto Mae e lá disseram que o Maqsud era a pessoa indicada para falar deste assunto, mas que de momento se encontrava na nova loja, próxima da Pandora. Lá disseram-nos que ele acabava de sair. Voltámos à R. Irmãos Roby e disseram que estava numa reunião e que não podia-nos entender. Também tentámos localizar Mohamad Rafik Satar, tido como braço direito de Salim Jussub, no Hotel Terminus. Lá disseram-nos que ele fica na «Prime Investiments», na Julius Nyerere. Aqui disseram-nos que ele estava ausente e que viajaria a qualquer momento para a Mecca, a Cidade Santa e só regressaria depois do IDE.
O ZAMBEZE deixa em aberto a possibilidade destas pessoas supramencionadas nos contactarem para lhes podermos assegurar o seu direito ao contraditório. Importa referir que o ZAMBEZE está, à cerca de um mês à espera dos esclarecimentos do Ministério dos Negócios Estrangeiros das Sychelles, a quem solicitámos que nos informem como foram nomeados os seus cônsules honorários, cujo o passado tem as marcas que nos são descritas por Steven Russel e constam dos relatórios da Interpol e da Scotland Yard.
Voltaremos logo que haja mais novidades.
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2 comments:
puxa, bom artigo, nao estava a espera, bom seria se isto fosse realmente vantajoso para alguma coisa, mais pelo que muito conhecemos do nosso Mocambique de nada valera...
Dereck
sinceramente, gostei imenso do artigo, está aqui demonstrado que existem em Moçambique pessoas que procuram de todas as maneiras passarem a informaçao para todos os que se interressam pela materia,AVANTE a LUTA CONTINUA
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