Afonso Dhlakama, Presidente da Renamo Dhlakama reconhece ser dirigente ditador
O PRESIDENTE da Renamo, Afonso Dhlakama, reconheceu sexta-feira, em Quelimane, província da Zambézia, ser “um grande ditador”. Falando no Conselho Nacional da sua formação política que terminou sábado, explicou que tal postura visa “salvar a democracia em Moçambique” e não para matar pessoas. Maputo, Segunda-Feira, 22 de Setembro de 2008:: Notícias
Eu posso aceitar que sou ditador mas um ditador, para salvar a democracia. Vou vos dizer uma coisa que não sabiam. Fui comandante-em-chefe durante os dezasseis anos de guerra, participei na fundação da Renamo em 1976 na cidade da Beira com o meu colega falecido André Matsangaissa, que foi o primeiro presidente da Renamo; desde 1977, ano em que iniciou a luta armada fui vice-presidente e adjunto comandante em chefe, e nessa qualidade dirigi toda a luta depois da sua morte em combate em 16 de Outubro de 1979 na vila Paiva, distrito de Gorongosa. Quero dizer a todos que conheço o partido e mesmo assim eu digo sinceramente, muitas vezes um político não gosta de dizer eu..., eu... mas hoje quero vos dizer que eu Afonso Dlhakama sou importante neste partido, disse, perante a estupefacção da audiência.
Segundo Afonso Dhlakama muitos dos seus conselheiros ou membros, não sabiam que ele é muito importante no partido.
Acusou a Imprensa de estar a promover uma campanha para rotulá-lo como um líder ditador, embora reconhecendo ser, de facto um ditador.
Acreditamos na democracia interna, por isso qualquer membro nosso pode ir à Imprensa dizer o que bem entender, os jornalistas escrevem o que querem, mentiras ou verdades mas a Renamo não se preocupa com isso porque somos pela liberdade de imprensa e de expressão, disse Afonso Dhlakama, acusando alguns membros do seu partido de receberem dinheiro da Frelimo para insultar a ele como líder e outros membros da organização.
Longe de ter feito uma introspecção sobre o actual estágio do partido, aquele dirigente político ocupou parte significativa do seu discurso para “atacar” o seu mais directo adversário político, a Frelimo, a quem acusa de pretender fazer desaparecer a Renamo.
O nosso partido não tem dinheiro mas tem democracia, princípio e regras políticas para o seu funcionamento, disse Dhlakama convidando os membros do seu partido para trabalharem na base, para assegurar a vitória eleitoral no pleito de 19 de Novembro próximo.
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