Monday 28 July 2008

De 2004 à 2007 -Crescimento da Zambézia atinje 24%

· Revela o informe do governo apresentado recentemente ao PR, Armando Guebuza

Quelimane (DZ) - A província da Zambézia, atinjiu de 2004 a esta parte em termos de crescimento económico, mais de 24%, o que se traduz numa produção global de 11.2 Milhões de Contos em 2004 e 13.82 Milhões de Contos em 2007.
Este crescimento segundo um documento em posse do Diário da Zambézia, refclecte-se no incremento da provisão dos serviços sociais básicos as populações, fortalecimento
da base infra-estrutural da economia provincial, promoção da iniciativa privada e no fim, como de sempre, na redução dos índices da pobreza absoluta.
Em termos de arrecadação da receita, o mesmo documento salienta que foram colectados mais de 243.4 Milhões de Meticais em 2004, para 312.8 Milhões de Meticais em 2007,
registando assim um crescimento na ordem de 28%.
Este crescimento que a província regista, centra-se em alguns sectores, das quais a agricultura figura no topo, visto que a província tem um vasto manancial agrícola que bem explorado pode aumentar estes números que ainda não atinjiram 50%.
Neste sector, de 2005 a 2007, a área trabalhada registou um crescimento de 7.2%, passando desta forma dos 866,853 hectares na campanha agrícola 2003/04, para
1.060.760 ha na campanha 2006/07.
Em relação a produção agrícola, o sector registou igualmente um crescimento de culturas diversas, na ordem de 9.3%, onde foram obtidas 2.628.867 toneladas de cereais, enquanto que os tubérculos estiveram na odem dos 40%.
De 2005 a 2007, isto na componente florestal, a província da Zambézia, explorou mais de 100.275 m3 de madeira, sendo 32.323m3 em 2005, 31.259m3 em 2006 e 36.693m3 em 2007, o que representou um crescimento em cerca de 7%. Aqui começam as dúvidas de algumas pessoas, quando volumes destes saem das matas, alguns dizem que a madeira está acabar, enquanto que uns dizem ao contrário alegando que ainda há espécies da madeira por explorar, apesar de todos dias camiões carregados de toros fazerem-se nas stradas com madeira.
Em relação a madeira serrada, a província diz ter registado 13.390m3, representando um
crescimento em 41%. Neste capítulo, há que lembrar que num passado não muito distante, um navio de origem chinesa, foi apreendido no porto de Quelimane, com cerca de 40 contentores de madeira em toros, quando se preparava para deixar as terras
zambezianas com destino da China.
Mas até o hoje, o assunto está no segredo do Esatdo, visto que os proprietários da embarcação, ameaçam avançar alguns nomes de figuras bem sonantes nesta área.

Pescas

O sector das pescas é tido como oscilatório na sua produção. E de acordo com este documento que temos vindo a fazer menção, a produção pesqueira, registou um total acumulado de 80.959,6 toneladas de pescado, o que representa um decréscimo de 10,3%.
Comaparativamente à produção registada em 2004, que foi de 30.303,50 tons, e aqui é onde se observa um crescimento na ordem de 2.2%.
Ainda neste sector, com a saida das empresas como EFRIPEL, e a falência da DOCA SECA de Quelimane, e a fraca fiscalização marítima, podem ser motivos que deitaram água abaixo os níveis de crescimento. Porque sabe-se que na costa da Zambézia, circulam a
calada da noite navios praticando pesca ilegal e que o governo nem sequer se atreve a interpelar, com as alegações de sempre, falta de meios.

Comercialização

Os que bem acompanham o desenrolar dos acontecimentos na província da Zambézia, já vê que a comercialização agrícola naquela parcela do país, ainda está aquem das expectativas. No distrito de Milange, o milho continua diariamente a ir ao vizinho Malawi, porque ao nível local não há capacidade de compra. Mesmo com os chamados “Sete Milhões”, que são injectados aos distritos, os comerciantes locais, ainda não começaram a sentir o sabor deste valor que muito bem poderiam ajudar
na compra da produção e dai manterem uma reserva alimentar dentro do distrito. Resultado, milho que se produz-se em Moçambique, vai a Malawi, terra do Bingo Wa
Mutarika, dai volta a preços proibitivos quando o nosso país está em crise.
Em termos numéricos, a comercialização agrícola em 2004 registou 255.611,0 tons e em 2007, 209.040,0 tons, verificando-se um decréscimo de 22%. As exportações em 2004, contribuiram com 1.347,9 Milhões de Meticais enquanto que em 2007, o valor baixou para 974,7 Milhões de Meticais, o que representou um decréscimo de 38%.
Em Milange por exemplo, o mercado local é abastecido pelo tomate e repolho de produção
malawiana, o que constitui um embaraço para os comerciantes e produtores locais, até que alguns destes chegaram a pedir num comício popular realizado no centro de reassentamento de Ndambuenda, pelo presidente, a proibição da entrada do tomate e repolho do Malawi. Logo de seguida, Guebuza, não deu voltas, tendo rejeitado a
ideia, alegando que os dois povos são irmãos e que quando há crise estes se unem e por isso colocava fora de questão a proibição da entrada do tomate e outros produtos
malawianos ao país.

Produção mineira

Quando se fala da produção mineira na província da Zambézia, olha-se o Gilé e Ile, dois distritos cujo potencial mineiro é invejável. Não é por caso que que a disputa de estar em Gilé por exemplo é tanta. Não há visita de alto nível, que não se preocupa em dar uma volta até Gilé. Brevemente terá energia eléctrica da rede nacional
da HCB, e neste momento, já se fala via celular, desde o dia que o PR esteve lá.
Em 2005, a produção mineira conheceu um crescimento de 22,4%, reflectindo uma produção de 754,5 toneladas de minérios diversos e que comparado com o ano anterior, neste caso 2004, a produção foi de 616,5 tons. Já nos anos subsequentes, a
província registou nesta área uma redução média anual da produção na ordem de 32%. Um dos grandes entraves que fez com que se registasse esta redução na produção, aponta-se a não entrada em funcionamento das minas de tantalite em Muiane no Gilé e
Morrua no Ile.
Enquanto que a produção de minerais para construção de 2005 a 2007, registou um cumulativo de 519.058,7 m3 e comparativamente a 2004 onde se registou 42.502m3, a
província observou um crescimento de 90,7%.

Saúde

A malária continua sendo a grande dor de cabeça para o executivo da Zambézia. Em 2004, a província registou 766.830 caso desta doença, o que resultou em 262 óbitos e já no ano de 2007, houve o registo de 821.898 casos com 431 óbitos, verificando-se
assim um aumento de casos em 7% (o que não é pouco) e de óbitos em 64,5%, os que passaram por unidades sanitárias.
Por outro lado, os indicadores de Saúde Materno Infantil (SMI), registaram aumentos relativos, de acordo com o informe do governo. A cobertura pré-natal aumentou de 8%
em 2004 para 12% no ano passado.
Enquanto que a taxa de cobertura de partos institucionais passou de 35% em 2004 para 48% em 2007.
Os níveis de infecção pelo HIV, continuam a subir. Em 2007 foram notificados 5.827 casos de HIV/SIDA, com 618 óbitos contra 2.237 em 2004, com 375 óbitos. Paralelamente a isso, o taxa de seropositividade na província galgou mais um degrau, dos anteriores
18.4% agora estamos na escala de 19%. O tratamento anti-retroviral, passou de 150 pessoas em 2004 para 7.722 em 2007 e que já se administra em todos distritos.
(Redacção)

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