Crise política no Zimbabwe: SADC defende solução negociada
A SADC defende a rápida realização de um encontro entre as partes envolvidas na crise política no Zimbabwe para negociarem os termos da governação, disse ontem o Presidente Guebuza a jornalistas moçambicanos poucas horas antes de deixar Sharm el- Sheikh, onde participou na 11ª cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana. O Presidente da República revelou que ainda ontem manteve um encontro com Robert Mugabe e que este, uma das primeiras coisas que lhe disse, foi que quer negociar com o MDC sobre o que vai acontecer futuramente.
Maputo, Quarta-Feira, 2 de Julho de 2008:: Notícias
Guebuza não adiantou, no entanto, o sentido de “termos de governação”, atendendo a que se trata de uma proposta que ainda ontem deveria ter sido apresentada à União Africana para aprovação e adoptada, como declaração continental. Mas, em outro momento, Tomaz Salomão, secretário executivo da SADC, não excluiu a fórmula do Governo de Unidade, ajustando-se às informações não confirmadas que nos últimos dois dias circulavam nos corredores e bastidores do local onde decorre a cimeira africana.
De acordo com Guebuza, a SADC lamenta profundamente as mortes e a violência ocorridas no Zimbabwe e considera ser fundamental este encontro para que se restabeleça a estabilidade. Disse também que, para este processo ter resultados, é preciso que Thabo Mbeki continue como mediador a nível da SADC.
Entretanto Tomaz Salomão, embora considere que existem outras variáveis para a estabilização do Zimbabwe, é de opinião que, como resultado do diálogo entre Mbeki e Eduardo dos Santos, este último na qualidade de presidente da “troika”, após consultas com Mugabe existe um cenário próximo daquilo que se pode chamar de Governo de unidade. “É uma solução que está a ganhar corpo, consistência. O importante é que seja uma solução que interrompa o actual cenário e os desenvolvimentos que temos estado a registar ultimamente no Zimbabwe, que em nada prestigiam a nação, a região e o continente”, disse Salomão.
UNIÃO AFRICANA
Maputo, Quarta-Feira, 2 de Julho de 2008:: Notícias
Entretanto, numa breve avaliação sobre a cimeira da União Africana, o Presidente da República disse que, apesar dos vários constrangimentos, os países africanos estão a batalhar para que se possa ter mais água e melhor saneamento, dois assuntos que foram o lema do encontro continental.
Questionado sobre o que foi discutido relativamente ao facto de os doadores e financiadores não estarem a cumprir suas promessas de libertação de fundos para água e saneamento, o que é tido como sendo um dos principais factores que poderão fazer resultar no incumprimento dos Objectivos do Milénio, o Presidente referiu que esta questão não afecta somente a água e o saneamento, mas muitas outras áreas. Disse que na cimeira foram renovados os apelos para que se efectivem os compromissos, o mais rápido possível.
Ainda sobre este assunto, Guebuza defende que o que Moçambique deve fazer, face a estes atrasos e sabendo que há disponibilidade de fundos, é ir ao encontro deles, com projectos e estratégias concretas. “Podemos ir para lá buscar esse dinheiro, se tivermos os projectos e estratégia”, disse o Presidente.
Entretanto, como estava previsto, uma comissão de 12 Chefes de Estado apresentou à cimeira um relatório sobre problemática da criação do Governo da União. O relatório defende o gradualismo em oposição ao estabelecimento imediato de tal Executivo, energicamente defendido pelo líder líbio, Mouammar Kadhafi, fazendo prevalecer a ideia que defende o reforço das organizações regionais e outras instituições da UA, antes de se estabelecer o Governo da União.
ROGÉRIO SITOE, em Sharm el –Sheikh
Maputo, Quarta-Feira, 2 de Julho de 2008:: Notícias
Guebuza não adiantou, no entanto, o sentido de “termos de governação”, atendendo a que se trata de uma proposta que ainda ontem deveria ter sido apresentada à União Africana para aprovação e adoptada, como declaração continental. Mas, em outro momento, Tomaz Salomão, secretário executivo da SADC, não excluiu a fórmula do Governo de Unidade, ajustando-se às informações não confirmadas que nos últimos dois dias circulavam nos corredores e bastidores do local onde decorre a cimeira africana.
De acordo com Guebuza, a SADC lamenta profundamente as mortes e a violência ocorridas no Zimbabwe e considera ser fundamental este encontro para que se restabeleça a estabilidade. Disse também que, para este processo ter resultados, é preciso que Thabo Mbeki continue como mediador a nível da SADC.
Entretanto Tomaz Salomão, embora considere que existem outras variáveis para a estabilização do Zimbabwe, é de opinião que, como resultado do diálogo entre Mbeki e Eduardo dos Santos, este último na qualidade de presidente da “troika”, após consultas com Mugabe existe um cenário próximo daquilo que se pode chamar de Governo de unidade. “É uma solução que está a ganhar corpo, consistência. O importante é que seja uma solução que interrompa o actual cenário e os desenvolvimentos que temos estado a registar ultimamente no Zimbabwe, que em nada prestigiam a nação, a região e o continente”, disse Salomão.
UNIÃO AFRICANA
Maputo, Quarta-Feira, 2 de Julho de 2008:: Notícias
Entretanto, numa breve avaliação sobre a cimeira da União Africana, o Presidente da República disse que, apesar dos vários constrangimentos, os países africanos estão a batalhar para que se possa ter mais água e melhor saneamento, dois assuntos que foram o lema do encontro continental.
Questionado sobre o que foi discutido relativamente ao facto de os doadores e financiadores não estarem a cumprir suas promessas de libertação de fundos para água e saneamento, o que é tido como sendo um dos principais factores que poderão fazer resultar no incumprimento dos Objectivos do Milénio, o Presidente referiu que esta questão não afecta somente a água e o saneamento, mas muitas outras áreas. Disse que na cimeira foram renovados os apelos para que se efectivem os compromissos, o mais rápido possível.
Ainda sobre este assunto, Guebuza defende que o que Moçambique deve fazer, face a estes atrasos e sabendo que há disponibilidade de fundos, é ir ao encontro deles, com projectos e estratégias concretas. “Podemos ir para lá buscar esse dinheiro, se tivermos os projectos e estratégia”, disse o Presidente.
Entretanto, como estava previsto, uma comissão de 12 Chefes de Estado apresentou à cimeira um relatório sobre problemática da criação do Governo da União. O relatório defende o gradualismo em oposição ao estabelecimento imediato de tal Executivo, energicamente defendido pelo líder líbio, Mouammar Kadhafi, fazendo prevalecer a ideia que defende o reforço das organizações regionais e outras instituições da UA, antes de se estabelecer o Governo da União.
ROGÉRIO SITOE, em Sharm el –Sheikh
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