Eleições majoritárias: 'Habemus Obama'
A cada vez que a maior religião do mundo (a católica) vai eleger o seu líder,
se reúne um concílio de cardeais, onde, depois de várias votações secretas anuncia ‘habemus papam’.
Por Isaac Bigio*
de Londres
Tradução: Pepe Chaves
Os EUA, a potência mais forte, em mudança, propõe possuir a forma mais aberta e participativa para eleger o seu presidente, que não é vitalício ou plenipotenciário, senão que só pode governar por um ou duas quatriênios e sob grande controle dos poderes legislativo, judicial e mediático.
O Partido Democrata, por sua vez, pode clamar ser o mais democrático de todos os que existem no mundo, pois, nas internas para eleger a seu candidato votaram mais de 30 milhões de pessoas. Enquanto o último papa foi nomeado em abril de 2005 por apenas 115 cardeais em dois dias de deliberações fechadas, os democratas tiveram cinco meses de processos eleitorais, realizados em 56 circunscrições com datas e regulamentos diferenciados.
Muitos questionam às internas democratas por não ser muito democráticas. Isto porque esses cinco meses de inflamadas campanhas exigiram investimentos de centenas de milhões de dólares (sob o aval de grandes investidores) ou porque, ao final, pode ser que o perdedor (como hoje passa com Clinton) possa reclamar por ter conseguido mais votos diretos que o ganhador.
Hoje os democratas poderão clamar ‘habemus candidatus’, mas, Obama ainda poderia perder a presidência, mesmo que vencesse as eleições (como ocorreu com Al Gore contra Bush em 2000).
* Isaac Bigio é analista internacional em Londres.
Seu site é: www.altopilar.com/isaacbigio
- Mais Bigio em Via Fanzine: www.viafanzine.jor.br/bigio
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