CENTRO DE ESTUDOS MOCAMBICANOS E INTERNACIONAIS
CEMO
Avenida Patrice Lumumba no. 1154 Telefax 258-21326586 Email: cemode@teledata.mz
APELO
O Centro de Estudos Moçambicanos e Internacionais (CEMO), é uma organização da sociedade civil moçambicana, e vem por este meio fazer chegar o sentimento de repúdio dos seus membros e simpatizantes em relação a situação de instabilidade política e económica que se vive no Zimbabwe, e se agravou depois das eleições de 29 de Março passado.
Com efeito os membros e simpatizantes do CEMO organizaram dois debates para analizar e partilhar experiências sobre a evolução da situação político-económica no Zimbabwe, tendo chegado a conclusão de que são vários os factores que concorrem para a diária agudização e exarcerbação da crise, entre eles a violência política contra zimbabweanos supostos membros e simpatizantes do Movimento para Mudança Democrática (MDC) perpetrada pelas forças de segurança e militantes afectos ao partido no poder, Zanu-PF; a acentuda carestia da vida, com os índices de inflação a rondar os 350,000 porcento; e uma taxa de desemprego na casa dos 80 por cento.
A crise não apenas ameaça o Zimbabwe, como também ameaça estender-se pela região da África Austral: relatos dão conta de que há milhões de cidadãos zimbabweanos espalhados pelos países da região, a maioria dos quais em situação de ilegal. Esta situação poderá criar convulsões sociais nesses países porquanto obrigará os respectivos governos a fazerem esforços adicionais visando prover serviços sociais não apenas aos seus cidadãos, mas também aos zimbabweanos. A violência xenófoba na África do Sul contra cidadãos africanos, cujas consequências aínda não são conhececidas, parece para já um dos resultados aparentes da crise zimbabwena.
Portanto, pelo disposto acima e eivados de um alto sentido de cidadania, nós, membros e simpatizantes do CEMO:
· Exigimos que as forças de defesa e segurança zimbabweanas apenas intervenham para impor a ordem pública e segurança, e não para reprimir os cidadãos e a oposição no pleno gozo dos seus direitos fundamentais;
· Exigimos também que a SADC assuma um papel mais interventivo na solução da crise zimbabweana, e não fique apenas pela sua famosa diplomacia silenciosa;
· Exigimos que a SADC paute-se por uma postura de fazer cumprir os princípios e normas sobre eleições democraticas tomadas e subscritas pelos chefes de estado e de governo da região;
· Respeite os principios universais consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos e outros instrumentos internacionais;
· Apelamos à Comunidade Internacional a trabalhar com os líderes regionais na busca de uma saída ao conflito zimbabweano que opõe a Zanu-PF e o MDC;
· Mostramos a nossa solidariadade com todos os povos e organizações trabalhando no sentido de se por cobro à crise política que assola o Zimbabwe.
Abaixo nos subscrevemos:
N.B. Os cidadãos mocambiçanos e ou estrangeiros que queiram juntar-se a este movimento poderão escrever para: cemode@teledata.mz ou magazine@tvcabo.co.mz. Mensagens (sms) poderao ser enviadas para os numeros 828141680 ou 824037000, Fax: +258-21326586.
1 comment:
Caros amigos,
Convidar as forças de defesa e segurança zimbabueanas para impor a ordem pública e segurança, é como convidar assassinos a conter as causas da criminalidade. Altos membros das Forças de Segurança do Zimbabué desde anos fazem parte do Joint Operational Command (Comando Operacional), responsável pelos massacres de Gukurahundi e ainda pela onda de violência política. Segundo HRW os chamados Forças de Segurança junto com a polícia, os veteranos de guerra e as milícias da ZANU-PF, “promovem e apoiam activamente violência sistemática contra civis suspeitos de serem membros ou simpatizantes da oposição”. Os autores militares dos actos de violência associados a campanha eleitoral estão bem conhecidos e documentados pela HRW. Há também evidências esmagadoras em Haia pelo envolvimento do Exercito. Questão ao Fórum: Porque não directamente convidar a quinta brigada das Forças de Segurança do Zimbabué para organizar eleições livres e justas? Ou o Chineses, que já possuem de profunda pratica na pacificação de Tibete.
Um abraço
Oxalá
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