Friday, 22 February 2008

Quatro mil mulheres morrem por ano!


Por ano morrem 4 mil mulheres


(Maputo) Iniciou ontem na cidade de Maputo, a iniciativa presidencial para a saúde da mãe e da criança, naquilo que constitui o cometimento do Presidente da República, Armando Guebuza, na busca de soluções para reduzir os números que mostram um cenário dramático em relação a esta matéria.
Os dados ontem divulgados pelas autoridades sanitárias indicam que 480 crianças morrem em cada 100 mil nascimentos vivos e perto de 4900 mulheres perdem, igualmente, a vida por complicações de parto, o equivalente a uma média de 11 mortes diárias de mulheres no País.
Depois de fazer um exercício comparativo entre os dados de Moçambique e dos países desenvolvidos tal como é o caso da Irlanda onde a taxa é de duas mortes maternas por 100.000 nascimentos vivos, o Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza , classificou a situação de desoladora e dramática, daí o apelo no sentido da união de esforços para reduzir as mortes da mulher e da criança .
“De todos os indicadores de saúde, a razão da mortalidade maternal é a que mais eleva a iniquidade existente entre os países desenvolvidos e países em vias de desenvolvimento, como o nosso” – lamentou
o Presidente da República.
As causas apontadas pelo pessoal da saúde como estando a concorrer ignificativamente para o aumento das mortes maternas incluem, complicações obstetrícias de onde se pode destacar a hemorragia e a ruptura do útero.Entretanto, ressalvam as autoridades sanitárias, existem duas causas directas que têm um peso importante na mortalidade materna em Moçambique, nomeadamente a malária e a SIDA.
Uma média de 48 recém nascidos por cada 1000 morrem, de acordo com as autoridades sanitárias entre 0 a 28 dias de vida, tanto por problemas durante a gravidez, o parto, e além de ser causado por práticas domésticas pouco apropriadas.
“Estes números me preocupam! Nós temos os nossos compromissos a nível do Programa do Governo, assim como em relação aos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, números 4 e 5 relacionados com a redução da mortalidade infantil e materna respectivamente. Por esse facto temos de fazer esforços adicionais para não comprometer os nossos objectivos e compromissos” apelou Guebuza.
As reuniões da iniciativa presidencial que ontem iniciaram terminam, segundo o programa, amanhã e o PR vai reunir com trabalhadores da saúde, mulheres, líderes religiosos e comunitários. (F. Mbanze)

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