A sede da fábrica Açucareira de Xinavane, província de Maputo, foi abalada sexta-feira por um motim protagonizado por cerca de 600 trabalhadores sazonais, que partiram computadores e vidros de edifícios da empresa, reivindicando aumento salarial e outras condições de trabalho. O motim durou cerca de 10 horas e os trabalhadores reivindicavam a efectividade na empresa, fornecimento de equipamento de trabalho, contratos de trabalho e aumento de salários que neste momento estão fixados em cerca de 1100 meticais para o sector da agricultura em todo o país. De todas as reivindicações que os trabalhadores apresentaram, a mais saliente era o aumento de salários em mais de 100 porcento. Mas o patronato considerou que tal não pode ser automático, remetendo esta questão à concertação social. Refira-se que a fixação de salário mínimo passa agora a ser feita por sectores de actividade. O patronato considera igualmente que esta reivindicação não é justificada , porque os salários actualmente pagos na empresa estão pouco acima do fixado pela tabela Nacional, para os trabalhadores do sector agrário. Todavia, mostraram-se dispostos a pagar o salário que for fixado no acordo a ser estabelecido na concertação social a ter lugar em Abril. Os gestores também comprometeram-se a fornecer equipamento de trabalho, enxadas, pagamento de dias de folgas e domingos, dispensa em caso de falecimento, entre outras preocupações. (Notícias) - O PAÍS - 16.02.2008
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