A "hora do fecho" no "Savana"
Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "Na hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Deliciem-se com a "A hora do fecho" desta semana, desde as mexidas no Ministério da Agricultura com o novo ministro Soares Nhaca até ao candidato a ministro que escreve nos jornais:
"* Como já era esperado, as mudanças na Agricultura trouxeram ao poleiro os que haviam sido vassourados pelo ex, numa verdadeira dança de cadeiras. E tal como pediam os quadros do ministério, o cachimbo foi lá para explicar como quer feito o serviço. O que não deixa de facilitar a vida do sindicalista que percebe pouco de agriculturas.
* A profissão de abrir portas, em todo o mundo é bem remunerada e tem até nome mais pomposo e socialmente reconhecido. Só que em Maputo abriram-se muitas garrafas de champanhe na concorrência ao saber-se que um desses abridores de portas foi promovido ao topo de uma multinacional famosa ligada à auditoria e consultoria. Frelimo, oye’!
* Entre as várias declarações que deixaram muitas interrogações no país está o homem da propaganda frelimista. Ficámos mais uma vez a saber que na super-terça-feira andou por aí mão invisível para além de nos tranquilizar que a imagem externa do país não foi afectada. No mínimo deve ter sido um telefonema do FMI a partir de Washington directamente para a Pereira do Lago.
* Para ver como andam as coisas por cá é esperado por estas bandas o PR da antiga metrópole, enquanto que o chefe de cá vai à terra das papoilas, mas não é para tratar das ninharias das Golden Roses. Sarkozy, o tal apaixonado da cantora Carla Bruni é que já não vai visitar Zédu e Ana Paula. Fica para Junho.
* Par dar mais força às colunas sociais e a outros temas cor de rosa já está no mercado mais uma revista de uma editora com chifres. Muita moda, perfumes e sensualidade afro …
* Bem afro estão os cozinhados internos na perdiz. O sobrinho do Chiveve vem consolidando forte a sua “base de poder” o que parece deixar ciúmes ao soba de Chibabava. Mas na superfície está tudo bem e os elogios são mútuos. A seguir com atenção nos próximos meses.
* Interrogam-se os analistas dos porquês do bom desempenho do tio Afonso e da perdiz nos últimos tempos. Não deitou gasolina no fogo, foi às cheias com um camião de comida antes de chegar o seu rival e ataca mesmo na província onde os adversários dizem que é o equivalente de Gaza no Norte. À falta de melhores argumentos, os da maçaroca inventam incidentes de fardas e bandeiras, como se fosse proibido andar vestido com calças verdes …
* O vice dos polícias anda satisfeito com as estatísticas da criminalidade em Moçambique. Só um por cento da África Austral. Só que a África do Sul, sobretudo Joanesburgo, está no livro triste dos recordes mundiais do crime.
* Os governadores continuam a tentar tirar o máximo proveito dos fundos caídos do céu a propósito das calamidades naturais. O item mais requisitado são as viagens de helicóptero. E o mais reincidente é o chefe de uma província que habitualmente só tem secas. Xicalamidade anima mesmo.
Em voz baixa
* É tradição quando se quer chegar a ministro começar-se pelas prosas para os jornais. Neste momento anda por aí candidato mesmo…"
Vauxhall owner to close Luton plant
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Car giant Stellantis, which owns Vauxhall, has announced it will close its
van factory in Luton.
38 minutes ago
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