Thursday, 24 January 2008

Dhlakama homenageado modelo de liderança da oposição

Maputo (Canal de Moçambique) O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama foi no último sábado agraciado com o prémio de "modelo" de liderança da oposição em África. A «Interfight Peace Building Initiative», uma organização da Etiópia que tem mediado vários conflitos em África, com maior destaque para o dos Grandes Lagos, e, a «United Religious Initiative for África» foram as instituições que concederam a distinção ao líder da «Perdiz», o maior partido da oposição em Moçambique.
Conforme essas duas entidades o prémio ora atribuído é um sinal de reconhecimento pelo papel de Dhlakama desde a assinatura dos Acordos Gerais de Roma até aos dias que correm. É-lhe reconhecido ainda o seu papel de promoção da cultura de não violência, Paz, boa governação e o seu trabalho, em geral, em prol do desenvolvimento da democracia e paz. Segundo as duas entidades o papel de Dhlakama constitui um modelo que deve ser seguido por outros líderes da oposição em África.
O acto teve lugar na Matola no âmbito das celebrações do «Dia Mundial das Religiões» uma cerimónia que contou com a participação de inúmeras confissões religiosas nacionais e estrangeiras.
“Este prémio significa reconhecimento daquilo que sempre foi escondido. É o começo da África e do Mundo entenderem que a tal chamada Paz em Moçambique deve-se muito, em particular, ao papel do líder da oposição, Afonso Dhlakama”, disse o homenageado ao «Canal de Moçambique».
O presidente do Partido Renamo e ex-comandante do movimento de guerrilha que enfrentou o regime monopartidário impondo pela via militar a instituição de uma democracia pluralista constitucional em Moçambique, acrescentou ainda que não é o único que na Renamo defende a Paz.
“Não sou o único na Renamo que luta pela manutenção da Paz. No entanto, são várias as vezes que os militantes e simpatizantes ficam agastados com os desmandos que somos vítimas pela Frelimo e são da opinião em como devíamos retaliar mas eu sempre digo: Não!”.
“Estou a evitar o que se passa no Quénia. Não é porque as pessoas em Moçambique não tenham vontade de agir como no Quénia perante os roubos de que somos alvo nas eleições, mas eu faço tudo para que isso não aconteça. Devido a esse facto até chego a ser chamado de ditador, tudo porque a minha atitude é de contrariar o desejo da vingança”.
“Neste momento, ao nível de África, sou dos poucos com esse procedimento”. Concluindo, Afonso Dhlakama disse-nos que “este reconhecimento é mais para encorajar outros líderes para a importância da manutenção da Paz”. (João Chamusse)

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