SEISCENTAS novas salas de aulas serão construídas pelo sector da Educação e Cultura até 2015, na província da Zambézia com a participação da comunidade local. Com a abertura destas salas, estarão criadas condições para descongestionar as turmas dos actuais 130 alunos para 80 por turma, de modo a melhorar a qualidade de ensino e alcançar os objectivos do milénio no sector da Educação.
Maputo, Terça-Feira, 8 de Janeiro de 2008:: Notícias
O programa de construção acelerada de salas, na província da Zambézia, arrancou no ano 2004 com um investimento de mais de 65 milhões de meticais. As autoridades da Educação e Cultura na Zambézia estão a investir mais de 61 milhões de meticais para dar corpo ao seu programa de construção e neste momento 165 salas já foram erguidas.
O programa contempla igualmente a aquisição de mobiliário escolar, entre outras intervenções de vulto e minimizar os efeitos provocados pelas cheias na província.
A síntese do Governo da Zambézia, que a nossa Reportagem teve acesso indica que este investimento será também para reforçar a capacidade de infra-estruturas de construção convencional nos distritos de Morrumbala, Mopeia, Chinde e Inhassunge.
Os distritos de Inhassunge e Chinde são os mais carenciados em termos de infra-estruturas escolares. Lina Portugal afirmou, no entanto, que cada um deles está contemplado com vinte e cinco salas de aulas e dez casas de professores.
“Construir num daqueles distrito é muito oneroso pelo facto de não haver ligação rodoviária entre a capital provincial da Zambézia e aqueles pontos”, disse a nossa fonte.
O programa de construção acelerada de salas de aulas vem responder aos desafios do milénio subscritos pelo Governo que visa levar todas as crianças à escola, pelo que o desafio agora é construir cada vez mais novas salas de aulas sem descurar os esforços das comunidades que com tijolos queimados, cimento e chapas-de-zinco estão a melhorar as condições de infra-estruturas da educação para os seus filhos.
Entretanto, face á crescente expansão da rede escolar e o elevado rácio aluno/professor, a província prevê contratar um total de 2346 docentes de diversas carreiras para os vários subsistemas de ensino.
In Noticias 08.01.08
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Lukeman.
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2 comments:
Esta de parabens a iniciativa de construir mais escolas! A pergunta que faco e simples. E pedagogicamente aceitavel uma turma de 130 alunos?
Estaremos a produzir qualidade ou quantidade?
Sera realista dizer que construindo mais 600 salas de aulas ate 2015 vamos diminuir de 130 para 80 alunos por turma? Quantos habitantes tera a Zambezia em 2015?
Nao havera estrategias alternativas para reduzir o racio turmas/alunos?
Nao havera estrategias alternativas para reduzir o racio turmas/alunos? - Envolvimento da sociedade civil, das confissoes religiosas, do sector privado!
Nao precisamos de mexer com a actual politica de educacao?
Quando acabei a 4ª classe, no Luabo, fui obrigado a ir para a capital da província, Quelimane, estudar.
Fiz o 1º ano do liceu nessa cidade.
A manutenção de um filho a estudar fora, ficava muito dispendioso aos Pais do aluno.
Então, a sociedade civil do Luabo, através das suas forças vivas, organizou-se na vila para angariar fundos para construir o Colégio de S. Francisco de Assis, entregue posteriormente aquela ordem religiosa, para gestão.
Hoje o edifício chama-se Escola Secundária do Luabo.
Nasceu no ano de 1962/1963, se a memória não me falha.
O dinheiro foi arranjado através de donativos particulares, e festas que se organizaram, tipo quermesses.
Ajudas em materiais de empreiteiros e outros eram bem-vindas.
Tinha que haver sempre pessoas com espírito de liderança e vontade de fazer, os chamados carolas.
A maioria ajudava nas festas ao comer e beber, propiciando os almejados lucros que também ajudavam à obra.
Contava a vontade, e muita imaginação.
A sociedade civil tem que se organizar, e pôr mãos à obra.
Se estiverem sempre à espera do Estado, podem esperar sentados.
Quanto à quantidade de alunos por sala, o rácio, é demasiado elevado.
Mesmo o objectivo de 80 por turma, continua demasiadamente elevado.
A qualidade do ensino, nestas circunstâncias não pode existir.
Por isso, não vale a pena discutir algo que não existe.
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