Wednesday, 28 November 2007

NOVAS DA ZAMBEZIA

Resultados preliminares do Censo 2007
Zambézia figura abaixo de Nampula

são mais de 3 millhoes habitantes contra os cerca de 4 milhoes de Nampula

Quelimane (DZ) - Contra todas as espectativas das autoridades do Instituto Nacional de Estatísticas, a província da Zambézia foi superada com a província vizinha de Nampula em termos da sua desnidade populacional. Dos cerca de 4 milhões de habitantes que constituíam as previsões do INE na Zambézia o censo 2007 registou apenas 3.892 854 pessoas contra mais de 4 milhões de habitantes registados na província nortenha de Nampula. Segundo a delagada do INE Zuraida Khan ainda não foram apuradas as reais razões desta contrariedade tendo admitido a hipótese de estar relacionado com questões relacionadas com migrações, índices de mortalidades
entre outros factores. Zuraida frisou que é preciso que haja um estudo profundo para se apurarem as causas que contrariaram as espectativas.
Ainda no âmbito da divulgação dos dados preliminares do CENSO- 2007 realizado nos dias um à quinze de Outubro passado em todo o país, dão conta ainda que o único distrito a nível da província da Zambézia que não registou crescimento populacional foi o de Chinde que baixou de 129 115 mil habitantes dados do censo de 1997 para 121
173 mil habitantes segundo o censo de 2007. De acordo com a delegada do INE na Zambézia vários factores são tidos como estando na origem deste decrescimo opulacional nomeadamente factores migratórios da população, aumento da taxa de mortalidade, a ausência dos agregados familiares nas residências, falta de registo por parte dos recenciadores, entre vários outros. Num outro densevolvimento a delegada disse sem avançar datas que este caso será investigado pelo seu sector.
Elucidou igualmente a comunicação social que estes dados ainda são preliminares “é bem provável que estes dados que estamos a divulgar hoje não venham a ser estes no conreto”-concluiu. Entretanto ao nível do país o censo populacional registou mais de 20 milhóes de habitantes o correspondente a um crescimento populacional na ordem dos 28% em relação ao censo anterior. Dos 20 milhóes na sua maioria são mulheres o equivalente a 90 homens para 100 mulheres.
Ao nível da província da Zambézia o distrito de Milange continua a ser o mais populoso com mais de 515 mil habitantes, seguido de Morrumbala com 361 896 mil e o
menos populoso é distrito de Inhassunge com 91 989 mil habitantes. (Artur Cassambay)

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Editorial
O cenário arrasta-se desde o passado longícuo, e cada ano que passa crescem as tendências do governo provincial em querer dividir a classe dos médias, o chamado quarto poder ou o quarto do poder, se bem que é aplicável este estatuto aos profissionais de comunicação social de Moçambique. Se tomarmos em linha de conta de que todos nós temos o mesmo objectivo de informar, comunicar, educar entre vários independentemente da sua linha editorial, torna difícil entender como é que da classe da corte somos discriminados, divididos ou melhor uns com estatuto de filhos e outros como enteados havendo outros órgãos de comunicação que até estão na condição
daqueles filhos que são adoptados que só se beneficiam do pólem quando o remanescente for maior. Não me quero referir por exemplo de viagens dos membros de governo aos distritos em que são convidados particularmente os considerados órgãos públicos neste caso a RM e a TVM e já agora a TVM e a RM. Disto já percebemos que é o problema de transporte e as famosas ajudas de custo que não chegam para todos órgãos sedeados em Quelimane. Aqui a curiosidade é apenas o facto de o jornal Notícia e Diário de Moçambique igualmente considerados públicos, terem tratamento menos especial em relação a TVM e RM. O que torna incompreensível é o facto de o governo ter depositado um peso tão pesado de valor a TVM em relação aos restantes órgãos de informação. Será pela qualidade de tratamento dos assuntos? qualidade de informação? É que em termos de abrangência aquele órgão de estimação não tem grande
cobertura em relação aos restantes, falamos da RM, Notícias, NRP, DZ e outros. Ora vejamos os factos; muito recentemente numa reunião sobre a distinção de alguns profissionais de saúde que teve lugar no Instituto de Ciência de Saúde teria sido adiada para mais de uma hora e meia só porque a nossa 2
Diário da Zambézia Jornal Electrónico – Quarta-feira – 28/11/07 – Edição nº º 286 – Página 02/ 04.

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Carta Aberta da População do Vale do Rio Zambeze(3)

SUA EXCELÊNCIA PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

8.Cultivo de Algodão
O sector algodoeiro produz grandes quantidades de algodão caroço que apenas serve para exportação o que contribui grandemente para falta de emprego dos Moçambicanos e as sementes para o fabrico de óleos alimentares e para exportação;
O estado concede aos operadores áreas para o fomento, comercialização e processamento do algodão, no quadro do interesse de promover a actividade. As populações, nas suas próprias terras, produz igualmente algodão como cultura de rendimento, e em contrapartida os preços de compra são para alêm dos desejados e prejudica em certa medida os esforços de combate a pobreza absoluta que assola os Moçambicanos. Os concessionários deveriam desenvolver actividades de extensão e não apenas em termos de algodão, mas também de outras produções agrícolas. Para isso, o Governo concede incentivos entanto que pouco sistemátematicamente ao sector privado e
associativo para que se processe o algodão na região, abrindo pequenas fabriquetas.
9. Cereais
Existe o potencial de excelentes condições agro ecológicas para a produção do arroz, estimadas em mais de 600.000 hectares, numa região com forte tradição desta cultura pela população; Esta área localiza-se na zona litoral das Províncias de Sofala e Zambézia de Moçambique;São objectivos: principais do Governo conceder:
9.1. Conceder apoios as organizações da sociedade civil locais (associações) para reabilitar as infra-estruturas de irrigação e de controlo das cheias;
9.2. Promover formação profissional e vocacional, promover o crédito rural;
Promover oportunidades de investimento privado; Promover o investimento público para o desenvolvimento humano e comunitário; Promover oportunidades de negócios e de auto emprego Restabelecer agro-industria do arroz ;
Seria missão do Governo pesquisar potenciais mercados para a colocação do arroz :de Moçambique diminuindo substancialmente a importação deste produto do estrangeiro no contexto de Made In Moçambique e poupava–se grandemente os mais de US$ 30 milhões por ano;
A SADC importa no seu conjunto cerca de US$ 300 milhões por ano; De grande importância no Vale do Rio Zambeze é, o seu potencial para cereais, leguminosas, oleaginosas, com maior destaque para os feijões, girassol, soja, cocoe no futuro o incutir as populações para o plantio de palma e Jhatrofa em moldes associativos comunitários.
10. Pecuária
Como tradição existe um grande potencial para o desenvolvimento da pecuária extensiva e intensiva de caprino e bovino no vale do Zambeze;
Áreas potenciais:
Tete: Zumbo, Fingué, Planalto de Angónia, Moatize, Changara, Mutarara;
Zambézia: Morrumbala, Mopeia, Chinde e todo o seu litoral;
Manica: Guro,Tambara, Macossa e Barué (Serra Chôa) para gado leiteiro;
Sofala: Cheringoma, Nhamatanda, Maríngwe, Gorongoza, Marromeu e Caia. Acções de saneamento das parasitoses em especial a Tsé-tsé são fundamentais e são levadas a cabo.
O governo estimula o investimento as associações locais e privado no fomento pecuário de bovinos, caprinos,
televisão não esteve presente. Na altura estavam representados a RM, a Rádio Paz e o DZ que na opinião do
excelentíssimo senhor director da Saúde eram insuficiêntes. Tendo em conta a distância cerca de 7km da cidade de
Quelimane os jornalistas destacados por motivos de agenda e de transportes foram obrigados a abandonar, e na
altura em que chegou a TVM realizou-se o evento sem os restantes órgãos de informação.
O outro episódio acontece num passado recente a quando da visita do embaixador italiano a Zambézia que entre
vários pontos visitou o distrito de Mopeia precisamente em Chimuara na ponte sobre o rio Zambeze. Nesta visita dos
dois órgãos de informação convidados para cobertura, apenas beneficiaram de ajudas de custos os homens da TVM e
o jornalista da Rádio Moçambique ficou a chupar dedo e ninguém quis assumir, nem o governo provincial, nem a ANE
cada um atirava a culpa ao outro. É no mínimo desumano esta tendência do comportamento do nosso..., isso é
apenas para citar alguns exemplos. Que fique claro que não estamos contra a TVM antes pelo contrário temos boas
relacções e eles nem são culpados por esta tendência de descriminação que o governo está introduzir na classe dos
média.
Sendo o nosso país pobre tanto nós como o governo temos que unir os esforços na batalha para que tenhamos
êxitos. Do nosso lado estamos dispostos.
Redacção

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Em Quelimane

APFZ reprova o protesto do LFC e proclama Sporting como campeão provincial Quelimane

(DZ) - Depois de sensivelmente um mês finalmente surgiu a sentença do protesto remetido pelo Licungo Futebol Clube de Mocuba sobre supostas irregularidades que caracterizaram o jogo que realizou contra o Matchedje que teria terminado com um empate a três bolas. É que este empate prejudicou os “Mocubenses” que precisavam de ganhar aos militares por qualquer resultado que fosse para se sagrarem vencedores do
Campeonato provincial de futebol e por via desse empate o Sporting de Quelimane foi quem saiu beneficiado tendo já conseguido o título provincial. No seu comunicado oficial numero 41/APFZ/07 de 19 Novembro de 2007 que tivemos acesso indica que “foi
julgado improcedente o protesto apresentado pelo Licungo Futebol Clube de Mocuba no jogo realizado contra o Matchedje a contar para a 10ª e última jornada do
Campeonato Provincial de Futebol”-refere o comunicado. Na sua alínea a) o mesmo comunicado diz que “ é proclamado o Sporting Clube de Quelimane campeão Provincial edição 2007”-

O FCL alega que o Matchedje teria abandonado o jogo tendo ainda usado um jogador mal escrito cujo cartão tinha desaparecido nas gavetas da Associação provincial de Futebol”. A reacção não se fez esperar, inconformado com a forma como foi julgado o protesto Lodovico Martins disse que já emitiu uma carta de recurso dirigida ao
Conselho de Disciplina da Federação Moçambicana de Futebol. Para aquele presidente o
processo foi viciado e tendencioso tendo sido na sua opinião favorecido o Sporting de Quelimane por ser uma equipa de Quelimane cujos dirigentes tem ligações com
os agentes da Associação provincial da modalidade. Foi por isso mesmo que Lodovico foi mais longe ao afirmar que não reconhece a legitimidade daquela Associação,
uma vez que neste processo de análize não foram obervados outros os elementos que fazem parte deste litígio. O presidente do LFC de Mocuba ameaçou que em casos da
Federação julgar improcedente como fez a associação vai abandonar o futebol por alegadas injustiças protagonizadas pela associação contra a sua equipa. No
seu entender a Associação está fomentar regionalismo desportivo uma vez que este não é o primeiro caso que acontece o qual as equipas de mocuba saem prejudicadas.
O campeonato Provincial de futebol na Zambézia foi disputado por seis equipas sendo o Sporting que terminou a prova com 21 pontos, Futebol Clube de Licungo com 20, Atletico 25 de Setembro com 14, Matchedje também com 14, Benfica de Sinacurra com 13 e Acadêmica de Quelimane com 1 ponto em 10 jornadas realizadas.(Rosário dos Santos)


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Enquanto cidadãos bichavam para o Pão Em casa de Marcelino dos Santos o gato comia Caviar
. Revela Nadja Manghezi, autora do livro “Amizade Traída e Recuperada – O ANC em Moçambique (1976-1990)” Maputo- Nos inesquecíveis anos da crise alimentar que se tornou particularmente grave em todo o País a partir de 1983,continua na pag 04
4.

continuado da pag 03 quando o cidadão comum tinha de madrugar para apanhar
pão, na casa dos altos dirigentes do Partido Frelimo não havia faltas e a fartura
era tanta que até dava para alimentar gatos a caviar. Segundo Nadja Manghezi,
autora do livro “Amizade Traída e Recuperada – O ANC em Moçambique (1976-
1990)”, em casa de Marcelino dos Santos, número 2 na hierarquia do partido “dos
primeiros nos sacrifícios e dos últimos nos benefícios”, o gato de casa comia
caviar importado da União Soviética.
Marcelino do Santos foi presidente da Assembleia Popular que viria a dar lugar, no
regime pós guerra civil, à Assembleia da República. É hoje, derivado desse cargo
que exerceu durante o regime de partido único, membro do Conselho de Estado.
A autora cita Sue Rabkin, uma militante do ANC residente em Maputo, como tendo
dito que uma vez, quando visitava a casa de Pamela dos Santos, esposa de
Marcelino, “viu o gato dela a comer uma coisa preta, no prato. Olhou mais de perto
e descobriu que o gato estava a comer caviar.” A autora do livro editado este ano
em Maputo pela PROMÉDIA, acrescenta:
“E a Pamela explicou que tinham toneladas e toneladas de caviar da União
Soviética e ninguém, entre os dirigentes, gostava muito daquilo. Portanto, que
remédio senão dá-lo ao gato?”
A solução para dar vazão ao caviar soviético acumulado na residência de
Marcelino foi um autêntico negócio da China, conforme relata Nadja Manghezi,
cidadã dinamarquesa que veio viver para Moçambique em 1976, trabalhando
como professora de línguas:
“A Sue olhou para ela (Pamela dos Santos) e perguntou:
- Pam, de que é que tu precisas?
- Bem, eu não consigo cozinhar sem batatas e cebola.
In: Canal de Moçambique
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Sr. Presidente Os camponeses moçambicanos através da União Nacional dos
Camponeses (UNAC) colocaram-se contra os APEs e durante a sua Assembleia-Geral Ordinária realizada em Pemba no mês de Março, tiveram uma posição.
Através de uma resolução, disseram que : Já passam cerca de 20 anos desde que o nosso Governo decidiu em embarcar pela economia de mercado. Desde lá até hoje temos
visto uma grande redução da intervenção directa do Estado na economia. Testemunhamos isto com a privatização dos serviços públicos, assim como a libertação do mercado, ausência de instituições financeiras do estado entre outros. Para nós, o resultado
disto é a pobreza no campo.
Nos últimos tempos fala-se muito do comércio livre : das áreas de comércio livre (SADC) e dos Acordos de Comércio Livre (APE). O comércio livre, isto é a
possibilidade dos agricultores comerciais de outros paises da região e do mundo exportarem produtos agrícolas e seus derivados para Moçambique anula os esforços dos
camponeses na luta por condições de vida mais dignas.
E ainda adiantam que: A UNAC – União Nacional de Camponeses – considera que os
Acordos de Parceria Económica (APE) entre a União Europeia (UE) e os Paises Africa-
Caraibas-Pacifico (ACP) são uma nova ameaça para os pequenos produtores nessas
quatro regioes, historicamente empobrecidas pelas potências ocidentais.
Os Acordos de Parceria Economica UE – ACP são acordos de livre comércio. Não
são, contrariamente ao que Comissão Europeia tenta fazer acreditar, acordos de
desenvolvimento favoráveis ao nosso país. No momento em que a Organização Mundial do
comércio (OMC) atravessa uma crise de legitimidade, os APE são outro meio para forçar os Países a liberalizarem os seus mercados agrícolas.

Sr. Presidente!

Seja mais sério na luta contra a pobreza Salve os camponeses E não assine os APEs
Viriato Tamele

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