EM NOVE FÁBRICAS DE PROCESSAMENTO DA CASTANHA DE CAJU

Investimento dos EUA gera 3,400 novos postos laborais

Cerca de 3,400 novos postos laborais acabam de ser gerados por um investimento dos Estados Unidos da América (EUA), em valor não indicado, em nove fábricas de Processamento da castanha de caju criadas no quadro da reabilitação do parque
destruído na década 90 do século passado resultante do cumprimento de políticas
impostas pelo Banco Mundial e FMI em Moçambique.
Em receitas, aqueles empreendimentos geraram, entre 2005 e 2008, cerca de 31 milhões
de dólares norte-americanos, segundo Elsa Mapilele, assessora de Projectos Agronegócios e Finanças Rurais da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento
Internacional (USAID), falando em entrevista ao Correio da manhã.
A castanha processada está a ser exportada para alguns países membros da Comunidade Europeia (CE) e em poucas quantidades para Estados Unidos da América, segundo igualmente Mapilele, indicando que grosso número das unidades produtivas localiza-
se no Norte de Moçambique.
Refira-se que, até finais de 2008, as nove fábricas de processamento da castanha de
caju dispunham de um total de 20 mil toneladas de castanha processada.
Crise mundial Quando questionada sobre se o Governo norte-americano vai ou não continuar a apoiar aquele sector que está a registar uma significativa queda do volume de exportações de castanha em bruto devido à crise financeira mundial,
Mapilele respondeu dizendo que “os EUA vão intervir, ajudando Moçambique a encontrar outros mercados mundiais para a colocação daquele produto por acreditar que, apesar
da crise financeira mundial, este país poderá desenvolver ainda mais apostando no processamento da castanha de caju”.
Resultante daquela contrariedade, o preço da castanha de caju em bruto baixou
100 dólares norte-americanos, para USD 600/ tonelada, contra os anteriores 700 dólares norte-americanos de 2008.
(J. Ubisse)