
UM batelão de fabrico artesanal, mas com motores acoplados, vai ser lançado este mês sobre o rio Zambeze, para permitir o transporte de pessoas e mercadorias entre as vilas de Chinde, na Zambézia, e Marromeu, em Sofala, numa extensão de 35 milhas o equivalente a mais de 100 quilómetros.Maputo, Terça-Feira, 7 de Outubro de 2008:: Notícias
Chinde localiza-se numa ilha completamente sem comunicação terrestre nos últimos 31 anos, devido à destruição da estrada Micaune/Inhassunge, sendo que a única alternativa de acesso é a via fluvial.
De acordo com Adérito Laurindo Jessen, promotor da iniciativa, numa primeira fase vão ser igualmente transportadas viaturas de pequena tonelagem a partir da zona de Neves para Chacuma, localizadas nas margens do Grande Zambeze. Trata-se, segundo afirmou, de um projecto já aprovado pelo Governo.
Para a concretização desta intenção decorrem os últimos preparativos no terreno, havendo já seis elementos especializados na montagem da aludida embarcação na base da transformação de tambores em uniflotes. Mesmo assim, segundo o inovador, o projectado batelão estará dotado de alta capacidade de segurança para a sua navegabilidade.
Esta ideia, segundo a fonte, surge exactamente para colmatar a situação crítica que dificulta a livre circulação de pessoas e bens de e para Chinde. Pretende-se, igualmente, que venha a contribuir no relançamento das actividades agrícola e piscatória, em que Chinde é potencialmente rico.
Os ilhéus de Chinde passam por momentos extremamente dramáticos, percorrendo três dias a pé num trajecto de aproximadamente 70 quilómetros para alcançar a capital provincial da Zambézia, Quelimane, ou 400 quilómetros de viatura no sentido Marromeu/Caia, em Sofala. Enfrentam ainda exiguidade de meios de transporte fluvial, que também oferecem uma certa insegurança durante a navegação. Frequentemente são reportados casos de naufrágios que ceifam vidas humanas.
Laura Cristina Jonefane, funcionária da Administração Marítima em Chinde, revelou que a sua instituição não possui sequer uma embarcação, facto que limita, em grande medida, as operações de busca e localização de corpos sinistrados naquele curso de água. Precisou ainda que neste momento o percurso fluvial entre Marromeu e Chinde é realizado sacrificando os passageiros, que chegam a passar entre oito e dez horas a bordo das embarcações e debaixo de ardentes raios solares, ventos fortes e/ou chuvas. Por falta de embarcações, alguns proprietários destes meios de transporte não raras vezes se fazem ao mar à noite, o que resulta em constantes naufrágios.
Segundo o administrador de Chinde, Silvério Eugénio, com o financiamento deste meio de transporte, o Governo pretende garantir que haja uma livre circulação de pessoas e bens entre a sua zona de jurisdição e os restantes pontos do país.
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