Monday 25 August 2008

Assessor de Simango detido! Ja agora de que Simango, Davis ou David?

Detenção de assessor de Daviz Simango gera polémica na Beira

Beira (Canal de Moçambique) – A detenção há mais de uma semana do assessor de marketing do presidente do Conselho Municipal da Beira, Alexandre Gonçalves Júnior gerou polémica no passado dia 20 de Agosto – dia em que a cidade celebrou 101 anos – quando o edil Daviz Simango e outros quadros do Município da capital de Sofala, tentaram visitar o detido que se encontra nos calabouços do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique nas imediações do quartel dos Bombeiros.
Alexandre Gonçalves Júnior, mais conhecido por "Alex", encontra-se detido nas celas da PIC na capital provincial de Sofala, Beira, desde o passado dia 19 de Agosto de 2008, sob acusação de não possuir a nacionalidade moçambicana.
Depois de ter cumprido com as cerimónias oficiais das celebrações do dia da Cidade da Beira, o eng.º Daviz Simango decidiu visitar o seu assessor “num gesto de
solidariedade” enquanto Alexandre Júnior aguarda pelos trâmites legais para a solução do problema que segundo alegam fontes na polícia terá sido “causado por uma denúncia” cuja fonte não foi revelada embora o seu nome esteja a correr em vários círculos da Beira.
Na altura, o presidente do Município, eng.º Daviz Simango fez-se acompanhar de seus vereadores e outros quadros que também se sentiam chocados com a notícia da detenção de Alexandre Júnior que os colheu de surpresa.
Chegados à PIC, e depois de antecipadamente a Polícia ter autorizado a visita do edil da Beira ao seu assessor detido, Daviz Simango foi confrontado como uma reacção deselegante por parte do Comandante da PRM em Sofala, Zacarias Cossa que, acompanhado do comandante da FIR, tentou, “sem modos escorraçá-los” daquele
local.
Segundo constatou uma fonte do «Canal de Moçambique» no local, Zacarias Cossa “de forma arrogante travou um «bate-boca», com Daviz Simango alegando que o edil e os
seus acompanhantes não deviam introduzir-se naquela zona por ser considerada restrita”.
Pouco tempo depois, o comandante Cossa, segundo nos conta a fonte que nos pediu para não usarmos a sua identidade, “aparentemente apercebeu-se que agiu mal e permitiu que apenas o presidente do Conselho Municipal da Beira e o presidente da Assembleia Municipal da Beira, Gada Cassicussa, visitassem o senhor Alexandre Júnior”. Os restantes quadros do Conselho Municipal, incluindo um jurista daquela edilidade, tiveram mesmo que sair e aguardar fora do comando da PRM em Sofala.
Depois da visita de Daviz Simango, o presidente do Conselho Municipal da Beira reuniu-se, à porta fechada, no gabinete do Comandante da PRM, com Zacarias Cossa onde este lhe terá pedido desculpas pelo incidente.
Sobre a situação de "Alex", soubemos também que o assessor de markting de Daviz Simango tem um advogado que está a tratar do respectivo processo.
O eng. Simango afirma não entender como é que a Direcção de Migração em Sofala agiu da maneira como agiu, uma vez que tem a certeza que o seu assessor é moçambicano nascido na província da Zambézia.
Apesar do secretismo com que as autoridades lidam com o presente caso, o «Canal de Moçambique» apurou que a Migração não agiu de sua livre iniciativa, e afirma ter agido dessa maneira fruto de uma denúncia de um cidadão que alega que Alexandre Júnior é um estrangeiro. Também não está claro qual a nacionalidade que lhe é atribuída dado o secretismo que envolve o assunto. Correm duas versões. Uma versão considera que o assessor de Daviz Simango é angolano, outra considera-o português, outros ainda alegam que ele é realmente moçambicano, natural da Zambézia, embora conhecido pela alcunha de “Alex angolano”.
A Polícia proíbe visitas aos familiares do detido.

(Edy Ndapona)

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