Friday, 4 September 2009

Em Manica



Facção da Renamo junta-se ao MDM e apelida Dhlakama de “marxista”

Manica (Canalmoz) - Membros da Junta Nacional da Salvação da Renamo em Manica, até agora considerados como uma facção do partido Renamo, encontravam-se reunidos em Chimoio, capital da província de Manica, na sua reunião Regional Centro. Nela apelidaram o líder da Renamo de “Marxista” rotulando desse modo os seus ideais e métodos que, segundo eles Afonso Dhlakama usa na direcção do partido que até aqui ainda é o segundo maior da oposição.
Alguns membros, que falaram na reunião aberta daquela Facção da Renamo, chegaram a afirmar ser o momento para Dhlakama e os outros dirigentes do partido, sentarem-se e reunirem-se esforços de modo a que o ambiente do partido volte à normalidade, desde o nível dos seus membros seniores até aos mais pequenos, mas em vez disso o que está a acontecer é, segundo eles, que os membros estão a abandonar o partido.
Antonio Pedro, antigo chefe do Movimento de Resistência de Moçambique (MNR) e delegado regional da JNSR, chegou mesmo a afirmar que o seu líder, Afonso Dhlakama “não passa de um cobarde, ambicioso e marxista, isto devido as sua formas de pensar e de comando” da Renamo.
“Numa altura em que estamos próximos das eleições presidenciais, legislativas e provinciais, não é normal um líder agir do modo como ele age, e até expulsar quadros seniores que garantem votos”, disse António Pedro, delegado regional da JNSR
Antonio Pedro, considerou entretanto que a expulsão do Daviz Simango, actual líder do movimento democrático de Moçambique, do partido Renamo, não passou de uma ameaça do Dhlakama de modo a calar a boca de alguns membros que condenam os seus ideais, visto que até então ele não vivia bons momentos no seio do partido”.
Não só isso mas também a saída de alguns deputados seniores da Assembleia da República, que representavam a Renamo, bem como de outros membros e quadros também constituiu o iniciar duma guerra silenciosa, de modo a consciencializar o seu líder a mudar o seu tipo de ideologia de governação na Renamo, mas acrescenta António Pedro que “Dhlakama por ser marxista, ambicioso, e cobarde, não entende nada do que está a acontecer no seio da Renamo”.
“Isto tudo que está a ser protagonizado é porque aqueles membros não concordam com o pensar do actual líder da Renamo”, conclui António Pedro.
Questionado sobre o Congresso da Renamo, realizado em Nampula, Pedro afirmou que “não passou de uma fantochada plantada pelo seu respectivo líder, visto que até o próprio candidato adversário, não passava dum cidadão montado, que por fim ganhou um valor devido o seu trabalho”.
“Aquele congresso não passou duma fantochada, para simular democracia no seio do partido, porquanto só estava a enganar a população e alguns membros cúmplices dele”, disse ainda António Pedro para depois acrescentar que apesar de tudo a Junta Nacional de Salvação da Renamo, está a estudar métodos suficientes para tentar salvar a Renamo do buraco em que se encontra, e até já submeteu uma carta a pedir para dialogar com o líder da Renamo para estudarem o futuro do Partido.
Entretanto, a fonte indica que “a posição tomada surge da necessidade de se capitalizar esforços visando acabar com a direcção danosa na Renamo” que afirma ser protagonizada pelo respectivo líder, Afonso Dhlakama. Ele acusa Dhlakama de estar a comprometer o desenvolvimento do partido.
Considera-o inclusivamente de um inimigo, traidor, marxista e cobarde.
“Tenho a máxima certeza que ninguém apoiou a candidatura da Dhlakama para estas eleições. Ele decidiu e fez a sua respectiva eleição. Segundo Pedro o clima interno na Renamo não é favorável a Dhlakama e alguns quadros superiores do partido Renamo continuam de costas voltadas contra o presidente da Renamo.

(Jose Jeco)

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