Tuesday, 26 May 2009

Na Zambézia: PR questiona metas


O PRESIDENTE da República, Armando Guebuza, constatou na sua “presidência aberta” à Zambézia que a província não cumpriu com o seu plano de governação para o quinquénio, muito embora o relatório do Executivo indique que as metas tenham sido ultrapassadas.
Guebuza, que semana passada visitou aquela região do país, verificou que os números apresentados não reflectem a realidade que encontrou nos distritos que visitou nos domínios social e económico. É um paradoxo.

Falando em conferência de imprensa na vila-sede do distrito de Nicoadala, o Chefe do Estado disse que o incumprimento deve-se a problemas de planificação e descentralização.

De acordo com o que explicou, a planificação e descentralização mais correcta deve ser uma preocupação dos quadros do Estado na província da Zambézia, razão porque orientou os órgãos centrais do seu Executivo para uma participação conjunta na planificação de programas de desenvolvimento.

Disse ainda que no contexto de descentralização, o Governo pretende perceber como é que os Fundos de Investimento de Iniciativas Locais, vulgo sete milhões, estão a ser usados para espevitar o desenvolvimento dos distritos, bem assim a articulação do trabalho dos membros do conselho consultivo a nível distrital.

É que o relatório de desempenho do Executivo da Zambézia, apresentado pelo respectivo governador, Carvalho Muária, fala de cumprimento em cem por cento das actividades económicas, mas o Chefe do Estado constatou que houve contrastes entre o que foi apresentado e as acções realizadas no terreno.

No distrito de Ile, por exemplo, Armando Guebuza ficou informado que os fundos de investimento local são geridos pelo próprio administrador, o qual atribui em prestações aos beneficiários, facto que tem vindo a ser contestado também pelas autoridades locais.

O Governo provincial já tem conhecimento do facto, tendo enviado uma equipa de auditoria, muito embora os resultados do seu trabalho não tenham sido tornados públicos até agora.

“Existe efectivamente um clima de tensão menos agradável. A população está apostada em fazer boas coisas, mas há constrangimentos e é preciso analisar com cuidado o que está a acontecer”, reconheceu o Presidente da República.

O Chefe do Estado falou ainda da “Revolução Verde”, que para produzir resultados será necessário haver muita capacidade para explorar as condições agro-ecológicas que a província da Zambézia apresenta, nomeadamente solos aráveis e muita água.

Deverá também ser prestada atenção à qualidade da semente, a formação dos extensionistas básicos e médios, incluindo superiores, para a transferência de tecnologias aos produtores agricolas. Só assim, segundo Armando Guebuza, a província da Zambézia vai dar um salto qualitativo na produção agrícola, afirmando existirem acções em curso no sentido de se atingir esse objectivo.\

Maputo, Terça-Feira, 26 de Maio de 2009. Notícias

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