SALÁRIOS ATRASADOS OU REALMENTE COFRES VAZIOS?(1)
A situação começa a ser preocupante...
Quando os cidadãos e a comunicação social se insurgem contra o despesimo governamental, falta de austeridade e de controle da execução orçamental, o executivo faz ouvidos de mercador. Quando é claro e cristalino que há um exagero nas
festanças e banquetes promovidos com recurso a fundos públicos alguns aparecemn defendendo que não se pode governar sem gastos. Segundo tudo indica não existe preparação suficiente ao nível do país para se lidar com um fenómeno real que é a crise financeira internacional. A vulnerabilidade nacional com milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza são factos que prenunciam sofriemeto acrescido.
Os valores que financiam a maior fatia do orçamento geral do estado vão decerto sofrer atrasos no seu desemboldo e é mesmo lógico que aconteçam alguns adiamentos de
natureza permanente. O que havia sido prometido pode não chegar a concretizar-se jamais. Face a estes cenários é oviamente incompreensível que o governo não se acautele e proceda como se nada tivesse acontecido. O tempo já não é das “vacas gordas”.
A situação exige respostas arrojadas e inteligentes. Simples decalques de receitas financeiras sugeridas pelos experts do BM/FMI não são suficientes.
A única opção válida é promover a produção nacional daquilo que é essencial para que o país funcione normalmente. A indecisão e a falta de estudo da situação concreta do país tem provocado a repetição de erros dispendiosos que pessoas sem recursos nãos se podem dar ao luxo de cometer.
A autoridade monetária nacional, o sector financeiro comercial não tem conseguido em termos práticos ultrapassar aquilo que se se tem revelado uma mediocridade de opções
reactivas face a um ambiente hostil.
As alternativas sugeridas e implementadas resumem-se a paliativos pouco eficazes e de
reduzido significado prático. Na maioria das vezes o que é aconselhado pelos moçambicanos que mais dominam o dossier económico e financeiro é manifestamente
desprezado pelos formuladores de políticas públicas. Se “David venceu Golias” este não é o oviamente caso.
Mas a febre da acumulação tem os nossos políticos e governantes transformados em cegos. O potencial nacional económico tem sido sujeito a manipulação desenfreada com vista a garantia da obtenção de vantagens pessoais. No lugar de promover a emergência de uma cultura de produção e auto-suficiência observa-se uma tendência dirigida a ganhos rápidos. O sector de serviços e o comercial recebem uma atenção
desproporcional que aumenta a dependência nacional à produção externa. Olhando para qualquer dos lados é evidente a falta de visão e a incapacidade de formulação das
políticas pertinentes para abordar as dificuldades nacionais. Depois quando o executivo apresenta-se pouco dialogante e se recusa a escutar a voz dos de maneira gratuita ocasionalemente se dispõem a aconselhá-lo, tudo se conforma para
a ausência de alternativas. A atitude não pode ser de uma espera pura e simples, aguardando pela próxima boa maré. Sem inputs nacionais na elaboração de políticas que
defendam os interesses moçambicanos estaremos completamente a mercê dos factores
externos.
Se as dificuldades financeiras já são notáveis e se começam a sentir, o cenário ficará pior quando verificarmos que aquilo que constituía o grosso das nossas
exportações já não existe ou não é mais apreciado pelos tradicionais compradores. Há que ter em mente que teremos problemas com as exportações de camarão, peixe e
madeiras. Que teremos problemas de fundos para a aquisição aos preços mais batratos do mercado, de petróleo, devido a indisponibilidade de divisas quando os preços são
mais favoráveis.
Key moments show LA fires and the struggle to contain them
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Multiple fires are still burning in LA, as authorities warn fierce winds
threaten more destruction.
1 hour ago
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