As autoridades mineiras do Botswana estão a considerar a possibilidade de utilizar o Porto da Matola, na província do Maputo, como um potencial trajecto para o transporte de carvão para exportação produzido naquele país da África Austral.
Entretanto, Matola compete com o porto sul-africano de Richard’s Bay, mas acredita-se que Moçambique venha a tirar melhor partido, dada a potencialidade do novo porto Dobela, por construir no distrito de Matutuíne, para fazer face a um possível congestionamento do da Matola.
O facto de este novo empreendimento portuário moçambicano ser de águas profundas, situar-se numa zona franca industrial e ter uma previsão de capacidade de manuseamento superior ao total dos 14 portos existentes em Moçambique, constitui a razão principal da atractibilidade da futura infra-estrutura aos olhos da indústria mineira tswana.
Os planos do Botswana sobre o uso de portos moçambicanos surgem na sequência da decisão de diversificar as fontes de receitas daquele Estado e dar maior atenção ao carvão, em alternativa aos diamantes, de que depende grandemente a economia tswana.
Kgomotso Abi, director de Minas do Botswana, afirmou que a indústria de carvão do país vai também explorar as possibilidades de utilizar os caminhos de ferro da Namíbia, estando por lançar, em breve, um estudo de viabilidade sobre uma ligação ferroviária de 1500 quilómetros das minas de carvão do Botswana até a um porto namibiano.
“Temos uma capacidade limitada de consumo de carvão. Por isso que decidimos centrar-nos na exportação”, disse Abi, citado pela Imprensa de negócios tswana, falando durante a conferência sobre exportação de carvão, onde anunciou que o seu país possui reservas avaliadas em 200 biliões de toneladas, sendo que apenas três a cinco biliões podem ser economicamente aproveitadas.
Para além da Companhia Morupule, que explora cerca de um milhão de toneladas de carvão por ano para alimentar, essencialmente, uma estacão eléctrica, não há outras minas consideráveis no país.
Para dar seguimento ao projecto mineiro de carvão, as autoridades mineiras do Botswana estão a alistar companhias interessadas em operar no sector local, ao mesmo tempo que se trabalha sobre as condições para a construção de linhas férreas destinadas a facilitar o transporte deste minério.
Os caminhos de ferro existentes são dignos de uso para estabelecer ligação com a África do Sul, necessitando apenas de pequenos investimentos para o seu melhoramento. No caso de se recorrer aos portos moçambicanos, há necessidade de também melhorar as capacidades das linhas para permitir o manuseamento de quantidades ainda maiores.
Fonte:AIM
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